Crimes

Prisão preventiva para 5 dos 7 detidos por roubos violentos a idosos na Lousã

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 12-07-2022

O juiz de instrução criminal do Tribunal de Aveiro decretou hoje a medida de coação de prisão preventiva para cinco dos sete indivíduos detidos pela PSP no domingo, suspeitos de vários roubos violentos a residências de idosos.

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Os detidos, com idades entre os 25 e 45 anos, foram presentes hoje a primeiro interrogatório judicial, tendo sido aplicada a medida de coação mais gravosa a cinco deles.

Dois dos arguidos ficaram sujeitos a apresentações diárias no posto policial da sua área de residência e proibição de contactos entre si.

As detenções resultaram de uma investigação iniciada em fevereiro de 2022 após um roubo ocorrido numa residência de um casal de idosos, em Aveiro.

O grupo, que tinha como alvo preferencial os idosos, é suspeito de ter realizado 19 roubos em residência (seis deles praticados com arma de fogo) e 18 furtos qualificados, em vários concelhos dos distritos de Aveiro e Coimbra.

Durante uma conferência de imprensa realizada esta manhã, o chefe Ricardo Botelho, da PSP de Aveiro, destacou a perigosidade e violência dos suspeitos, afirmando que “houve casos em que eles arrancaram brincos das orelhas das idosas”.

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“Pelos relatos que fomos ouvindo ao longo da investigação, pudemos perceber que estes indivíduos semearam o terror. As pessoas ficaram perturbadas. Muitas destas pessoas provavelmente nunca mais vão conseguir ultrapassar estes momentos de aflição que viveram”, referiu.

O chefe Ricardo Botelho relatou ainda que, na maioria dos casos, os suspeitos “estudavam e reconheciam os alvos que pretendiam assaltar durante o dia ou mesmo durante a noite” e, após gizarem o plano criminoso, “entravam nas residências, arrombando portas e janelas, e ameaçavam as vítimas de morte para que indicassem onde estava o ouro, dinheiro e outros bens de maior valor”.

Os suspeitos, que atuavam encapuçados e com luvas e vestidos de negro, utilizavam viaturas alugadas para não serem identificados e, durante os assaltos, usavam “walkie-talkie” e rádios para comunicarem entre si.

O mesmo responsável disse ainda que os detidos tinham uma rede de apoio à estrutura criminal, nomeadamente os recetadores, que recolhiam ou recetavam os materiais furtados.

Durante a operação policial, um dos suspeitos efetuou um disparo contra um militar da GNR que não chegou a atingir ninguém.

Segundo a PSP, nestes assaltos o grupo apoderou-se de bens com valor superior a meio milhão de euros.

Os detidos tinham antecedentes criminais por factos idênticos e alguns deles estavam a cumprir penas de prisão suspensa.

A “Operação Teia Dourada”, que resultou de um inquérito desenvolvido pela esquadra de investigação criminal da PSP de Aveiro, decorreu no domingo em 11 concelhos dos distritos de Aveiro, Coimbra e Porto (Aveiro, Águeda, Lousã, Sever do Vouga, Oliveira do Bairro, Albergaria-a-Velha, Ílhavo, Vagos, Murtosa, Porto e Matosinhos).

Segundo a PSP, foi dado cumprimento a 37 mandados de busca e apreensão (em residências, estabelecimentos comerciais e veículos) e a sete mandados de detenção, que resultaram na detenção de sete homens, por suspeita da prática dos crimes de roubo e recetação, e na identificação de oito pessoas, que foram constituídas arguidas, pela suspeita da prática dos crimes de posse de arma proibida e recetação.

Foram ainda apreendidos centenas de objetos furtados, nomeadamente, 28 armas (12 das quais armas de fogo), centenas de cartuchos e munições, sete veículos automóveis, largas dezenas de peças em ouro, cerca de 200 mil euros em dinheiro, cerca de 300 gramas de estupefaciente (haxixe e liamba), dezenas de ferramentas elétricas e outras de construção civil, diversa maquinaria de apoio à agricultura, material de construção civil, eletrodomésticos de grande e pequeno porte, dispositivos eletrónicos e bens alimentares, entre outros.

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