Crimes

Prisão para casal que ameaçou taxista com arma e o filho ao colo

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 07-01-2022

O Tribunal de Aveiro condenou hoje a penas efetivas dois dos três arguidos suspeitos de sequestrar um taxista em Castelo Branco, obrigando-o sob ameaça de arma de fogo a conduzi-los até Braga, aplicando uma pena suspensa ao terceiro elemento.

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Durante a leitura do acórdão, uma das juízas do coletivo que julgou o caso disse que o tribunal “considerou provada a essencialidade dos factos descritos na acusação”.

A magistrada, que substituiu o juiz-presidente durante a leitura do acórdão, por aquele se encontrar em isolamento profilático, explicou que o tribunal teve em conta o depoimento do ofendido, que se revelou “coerente, cronológico e sequencial”.

Os arguidos foram condenados por um crime de roubo, outro de coação e outro de detenção de arma proibida, tendo sido absolvidos do crime de sequestro e de um segundo crime de detenção de arma proibida de que estavam acusados.

A juíza informou ainda que o tribunal entendeu não aplicar aos arguidos, que à data tinham entre os 19 e os 23 anos, o regime penal especial para jovens, porque os mesmos “não demonstram que sejam merecedores desse juízo”.

“Os arguidos necessitam de penas que sublinhem a gravidade dos seus comportamentos”, assinalou a magistrada, adiantando que os factos evidenciam “uma violência e gravidade pouco comuns”.

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Os dois homens foram condenados a um cúmulo jurídico de seis anos e cinco anos e três meses de prisão efetiva, tendo a pena mais gravosa sido aplicada ao mais velho, que já tem antecedentes criminais.

Já a mulher, que na altura dos factos viajava com um filho de dois anos ao colo, foi punida com uma pena de quatro anos e meio de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

Além das penas de prisão, os arguidos vão ter de pagar solidariamente cinco mil euros à vítima.

Durante o julgamento, os arguidos disseram que chamaram o taxista para os levar a Braga, onde residem, tendo-lhe apontado uma arma quando este se recusou a fazer a viagem, mas afirmaram que não lhe queriam fazer mal.

Os factos ocorreram no dia 24 de dezembro de 2020, cerca das 04:50, quando os arguidos contactaram um taxista em Castelo Branco e sob ameaça de uma arma de fogo, obrigaram-no a transportá-los até Braga.

A acusação do Ministério Público diz que durante o percurso, os arguidos agrediram várias vezes a vítima e exigiram que lhes entregasse todo o dinheiro que tivesse consigo.

A viatura acabaria por ser intercetada por militares da GNR nas portagens de Albergaria, no distrito de Aveiro.

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