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Príncipe André pode estar protegido por acordo entre Jeffrey Epstein e acusadora

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 03-01-2022

A justiça norte-americana divulgou hoje um acordo financeiro assinado em 2009 entre o falecido multimilionário Jeffrey Epstein, acusado de crimes sexuais, e uma das suas vítimas, um pacto que poderá proteger o príncipe britânico André, seu amigo.

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Esse acordo entre Epstein e a cidadã norte-americana Virginia Giuffre, divulgado pelo tribunal federal de Manhattan, envolve o príncipe André, amigo do casal Jeffrey Epstein-Ghislaine Maxwell, porque ele é alvo de uma ação civil intentada em Nova Iorque, em agosto, por Giuffre por “agressões sexuais” cometidas em 2001, quando ela tinha 17 anos.

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Os advogados de André, de 61 anos, há seis meses que estão a fazer tudo para bloquear esta denúncia e afirmam que esse acordo de 2009 impede qualquer ação judicial de Virginia Giuffre contra o segundo filho varão da rainha Isabel II.

Na verdade, o pacto, por meio do qual Virginia Giuffre – nascida Roberts e atualmente com 38 anos – obteve meio milhão de dólares, protegia Jeffrey Epstein, que se suicidou na prisão em 2019, de um processo judicial por crimes sexuais, mas poderá igualmente estender-se a qualquer “outro potencial acusado”, segundo a formulação jurídica do documento contratual datado de 2009.

O nome ou o título real do duque de York não são referidos, mas os advogados de André argumentam que a queixa de Giuffre não tem fundamento legal.

A ação, que visa obter uma indemnização e juros num montante desconhecido, não tem, contudo, nada que ver com um processo penal, e o príncipe britânico, que sempre negou “categoricamente” as acusações, não é perseguido judicialmente por crimes sexuais.

O destino desta ação de Virginia Giuffre poderá ser conhecido na terça-feira: Às 10:00 locais (15:00 em Lisboa), realiza-se uma audiência por videoconferência entre o juiz federal de Manhattan Lewis Kaplan e os advogados das duas partes, para determinar se a queixa é ou não arquivada.

O juiz já rejeitou, a 31 de dezembro, um outro pedido de nulidade apresentado pelos advogados de André, com o argumento de que Giuffre não poderia recorrer à justiça dos Estados Unidos porque “reside” na Austrália.

Se todos os recursos do príncipe britânico forem indeferidos, um julgamento civil poderá realizar-se “entre setembro e dezembro de 2022”, deu a entender no outono o juiz Kaplan.

Por seu lado, a ex-“socialite” britânica Ghislaine Maxwell, companheira e cúmplice de Epstein durante quase 30 anos, foi considerada culpada a 29 de dezembro, em Nova Iorque, de tráfico sexual de menores em benefício do multimilionário.

Virginia Giuffre, que não era parte no julgamento de Maxwell, congratulou-se com o veredito e disse esperar que outras pessoas “prestem contas” na justiça.

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