Política

Primeiro-ministro “envergonhado” com “especulação” de uma TV. Pede respeito por quem adoece

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 02-05-2022

O primeiro-ministro afirmou-se hoje envergonhado com a especulação que disse ter sido feita por uma televisão sobre as razões da substituição da secretária de Estado da Igualdade e Migrações e pediu respeito por quem adoece.

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António Costa falava aos jornalistas no Palácio de Belém, pouco depois de terminada a cerimónia de posse de Isabel Rodrigues no cargo de secretária de Estado da Igualdade e das Migrações, em substituição de Sara Guerreiro, que pediu a demissão do executivo por motivo de saúde.

“Senti-me envergonhado com o que ouvi, em especial numa certa televisão, horas infindáveis a especular”, declarou o líder do executivo.

Segundo António Costa, “o mínimo que se pede em momentos difíceis na vida das pessoas, dolorosos na vida das pessoas, é que haja respeito, porque um dia acontece a um membro do Governo, outro dia pode acontecer a qualquer um”.

”O que se exige é respeito”, reforçou o primeiro-ministro.

Nas suas primeiras palavras perante os jornalistas, António Costa deixou uma advertência: “Não é por serem membros do Governo que as pessoas deixam de ser seres humanos”.

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“Como todos os seres humanos correm o risco de terem problemas na sua vida pessoal e terem problemas de saúde”, acrescentou.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, empossou hoje Isabel Rodrigues nas funções de secretária de Estado da Igualdade e das Migrações, em substituição de Sara Guerreiro, durante uma breve cerimónia realizada no Palácio de Belém.

Estiveram presentes na cerimónia de posse, que durou menos de dois minutos, o primeiro-ministro, António Costa, e a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, que neste XXIII Governo Constitucional tutela as áreas da Igualdade e das Migrações.

A cerimónia de posse começou pelas 19:52, com um atraso de 22 minutos, tendo o primeiro-ministro chegado ao Palácio de Belém pelas 19:28. Oito minutos antes de António Costa tinha entrado no Palácio de Belém a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, a secretária de Estado cessante, Sara Guerreiro, e a nova titular do cargo, Isabel Rodrigues.

Esta é a primeira substituição no XXIII Governo Constitucional e acontece 33 dias depois desta executivo ter sido empossado pelo chefe de Estado.

Fonte do executivo adiantou à agência Lusa que a mudança ocorre “a pedido da própria” Sara Guerreiro e “por motivos de doença”.

Em declarações aos jornalistas, pouco depois de ter sido comunicada formalmente esta substituição, o Presidente da República esclareceu que a secretária de Estado da Igualdade e das Migrações deixou as funções “por razão pessoal de força maior” e que “não há nenhuma razão política”.

Marcelo Rebelo de Sousa reforçou que esta saída do Governo não tem “nada” a ver com a polémica sobre o acolhimento de refugiados ucranianos, “é por uma razão pessoal, não há nenhuma razão política”.

“Foi uma substituição imediata porque, como o senhor primeiro-ministro [António Costa], aliás, me fez saber, e eu percebi, é um pelouro hoje muito importante, ainda mais importante do que nunca, por causa dos refugiados vindos da Ucrânia. Portanto, houve que proceder imediatamente à assinatura da exoneração e à assinatura da nomeação”, justificou.

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