Política
Primeiro-ministro diz que medidas do Governo decorrem do estado de emergência decretado pelo Presidente da República
O primeiro-ministro citou hoje o Presidente da República para sustentar que há “total” solidariedade institucional no combate à covid-19 e alegou que ao Governo cabe “simplesmente” regulamentar o decreto presidencial do estado de emergência.
Esta posição foi assumida por António Costa na apresentação do plano de desconfinamento, depois de questionado se todas as medidas apresentadas de abertura de atividades mereceram o acordo do Presidente da República.
“Como o senhor Presidente da República tem dito repetidamente publicamente – e ainda recentemente o disse -, em matéria de combate à pandemia tem existido sempre total solidariedade institucional entre Governo, chefe de Estado e Assembleia da República”, apontou.
Segundo António Costa, parte das medidas que agora o Governo anunciou “decorrem do estado de emergência, que é decretado pelo Presidente da República, por sua iniciativa”.
“Essas medidas requerem a autorização da Assembleia da República e, finalmente, ao Governo cabe simplesmente regulamentar”, completou o líder do executivo.
Na parte final da conferência de imprensa, António Costa voltou a ser confrontado com a ideia de que o Presidente da República não é favorável a um desconfinamento tão rápido como aquele que agora foi apresentado pelo executivo.
No entanto, neste ponto, o primeiro-ministro remeteu essa resposta para o próprio chefe de Estado, mantendo a tese de que “há uma grande solidariedade institucional e até solidariedade estratégica” em matéria de combate à pandemia.
“Apesar de tudo, não sou porta-voz do senhor Presidente a República. E, por isso, não vou estar aqui a falar por conta do senhor Presidente da República. Se o senhor Presidente da República quiser responder a essa questão, certamente responderá se a colocarem”, declarou.
António Costa não deixou também de responder aos setores de opinião que entendem que este plano de desconfinamento avança rápido demais.
“O rápido demais e o lento demais é sempre uma apreciação do copo meio cheio e do copo meio vazio. Caso se pergunte a um profissional da restauração ou do comércio, eles dirão seguramente que este plano é lento demais. Mas outras pessoas entenderão que é rápido demais”, alegou.
Para António Costa, este plano de desconfinamento “tem a medida certa”, tendo o Governo, para garantir uma maior segurança, solicitado a uma equipa de cientistas que apresentasse um estudo que suportasse a definição de plano de reabertura”.
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