Economia

Primeiro-ministro divulga poupança média de 15,21% na eletricidade dizendo que “factos são factos”

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 02-08-2022

O primeiro-ministro, António Costa, divulgou o preço médio no mercado ibérico de eletricidade (Mibel) de hoje, apontando para uma poupança média de 15,21%, argumentando que “factos são factos”.

“Factos são factos. Todos os dias poupamos graças ao mecanismo ibérico”, escreveu António Costa na rede social Twitter.

A publicação mostra um gráfico comparativo do preço da eletricidade com o mecanismo e sem o mecanismo, desde junho, e aponta para uma poupança média de 15,21% no dia de hoje.

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O primeiro-ministro determinou que os serviços do Estado não podem pagar faturas da ENDESA sem validação prévia pelo secretário de Estado do Ambiente e da Energia, depois de o presidente da empresa ter admitido aumentos de 40% na eletricidade.

Segundo um despacho assinado na segunda-feira e hoje enviado às redações, António Costa determina ainda que, para evitar a descontinuidade do serviço, os serviços públicos e a Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP) devem proceder a consultas de mercado, para a eventual necessidade de contratação de novos prestadores “que mantenham práticas comerciais adequadas”.

No despacho, o primeiro-ministro sublinha o dever de o Estado proteger o interesse dos contribuintes na gestão dos dinheiros públicos perante as “ameaças de práticas especulativas nos preços a praticar pela ENDESA”.

O presidente da Endesa, Nuno Ribeiro da Silva, disse no domingo, em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, que a eletricidade iria sofrer um aumento de cerca de 40% já nas faturas de julho, e que esse aumento era justificado pelo mecanismo ibérico para controlar o preço do gás na produção elétrica.

O Ministério do Ambiente e da Ação Climática divulgou depois um comunicado, no qual rejeitava declarações de Nuno Ribeiro da Silva, classificando-as como “alarmistas”.

À Lusa, o secretário de Estado da Energia, João Galamba, afirmou ser impossível verificar-se uma subida de 40% na fatura da energia através do mecanismo ibérico, remetendo para as ofertas comerciais das próprias empresas.

Ainda no domingo, depois das declarações polémicas do presidente da ENDESA, a ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos veio dizer que iria estar “particularmente atenta” ao comportamento dos comercializadores relativamente à repercussão do impacto sobre os consumidores do mecanismo ibérico que limita o preço do gás para efeitos de produção de eletricidade.

Depois da polémica, a ENDESA acabou por emitir a segunda-feira um comunicado comprometendo-se a manter os preços contratuais até dezembro e a cumprir os compromissos estabelecidos no mecanismo ibérico.

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