Política
António Costa defende não ser momento para os portugueses escolherem “quem multiplica conflitos”
O secretário-geral socialista defendeu hoje que não é o momento para os portugueses escolherem “quem multiplica conflitos”, mas antes quem constrói pontes e encontra soluções “onde os outros só veem impossíveis”.
“Este não é o momento para escolher quem multiplica conflitos e que vive da confrontação até com a própria sombra. Não, este é o momento para dar força a quem ao longo de toda a vida se dedicou a construir pontes, a unir, a encontrar maçanetas nas portas que estão fechadas, a encontrar soluções onde os outros só veem impossíveis”, afirmou António Costa.
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O também primeiro-ministro discursava em Vizela, no distrito de Braga, no final de uma arruada acompanhada por algumas centenas de pessoas, que percorreu acompanhado do presidente da Câmara Municipal local, Vítor Hugo Salgado, e pelo cabeça de lista pelo círculo de Braga e secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro.
António Costa exemplificou a sua capacidade de fazer pontes com o processo de unificação socialista na cidade de Vizela onde, em 2017, Vítor Hugo Salgado foi eleito presidente da Câmara como independente, depois de ter saído do PS, antes de voltar a apresentar-se como candidato socialista nas autárquicas deste ano, tendo ganhado com 74% dos votos.
“Aqui em Vizela a família socialista dividiu-se, uns votaram no PS, outros votaram no Vítor Hugo Salgado, que concorreu como candidato independente. Mas, como em todas as famílias isto acontece, o que é necessário é que quem está à frente da família saiba dialogar, saiba estender mão, saiba voltar a convidar e a unir, e não a agravar os conflitos”, frisou.
Pretendendo assim concluir o que disse ser um “processo de unidade, de aproximação” e de reencontro de todos em Vizela, António Costa entregou um cartão de militante do PS a Vítor Hugo Salgado, que disse ter trazido diretamente da sede nacional do PS, no largo do Rato, em Lisboa, com o autarca, emocionado, a afirmar ser um momento de “grande satisfação pessoal”.
Costa defendeu que estes “não são tempos nem para aventuras, nem para conflitos, nem para crises políticas em cima da crise sanitária, económica e social” que os portugueses estão “todos a querer vencer”.
“Isto é mesmo o tempo de nos unirmos, de arregaçar as mangas, de virar a página da pandemia e voltar a levar o país para a frente, continuar a melhorar a vida das portuguesas, continuar a melhorar a vida dos portugueses, o SNS, a escola pública, a agricultura, a indústria, o comércio, os serviços. Todos nós temos de continuar a avançar e a continuar”, frisou.
Repetindo uma fórmula que tem utilizado durante a campanha, o secretário-geral socialista sustentou assim que estas eleições são uma escolha “entre continuar a avançar com o PS ou voltar a recuar com o PSD”.
Intervindo antes de António Costa, Vítor Hugo Salgado apelou a que se compare o desempenho de António Costa enquanto presidente da Câmara Municipal de Lisboa, entre 2007 e 2015, e o de Rui Rio à frente da cidade do Porto, entre 2002 e 2013.
“A diferença é abismal. A verdade é que o Rui Rio reduziu a dívida, mas afastou as pessoas do centro urbano, reduziu as pessoas a viver no centro urbano. É verdade que nunca houve tantos conflitos no Porto, com as instituições, com aqueles que fazem cultura, com os atletas, com o próprio partido dele. Porque, na realidade, é efetivamente uma pessoa de conflito”, sustentou.
Em contraponto, o presidente da Câmara de Vizela afirmou que Costa é uma “pessoa capaz, competente, didática, capaz de fazer pontes e criar condições para governar” o país.
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