Universidade
Presidente do Senado do Brasil realça em Coimbra absoluto e profundo respeito por Portugal
O presidente do Senado Federal do Brasil, Rodrigo Pacheco, considerou hoje que no Brasil há um sentimento geral de admiração pelos portugueses e de “absoluto e profundo respeito por Portugal”, de quem se tornaram independentes há 200 anos.
“Os nossos países têm um vínculo histórico muito importante e embora a independência tenha um aspeto separatista, na verdade, tem na sua essência a manutenção de um vínculo muito real entre Brasil e Portugal”, apontou.
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O Senado Federal do Brasil, a Universidade de Coimbra, a Câmara Municipal de Coimbra e a Associação Portugal Brasil 200 anos assinaram durante a tarde de hoje, na Reitoria da Universidade de Coimbra, dois acordos de cooperação técnica, que visam assinalar os 200 anos da independência do Brasil.
Nesta ocasião, Rodrigo Pacheco sublinhou a relação sadia entre os dois países, historicamente marcada pela boa convivência.
“O bicentenário da independência do Brasil talvez seja uma oportunidade singular, uma oportunidade importante para o povo brasileiro e as instituições do Brasil, entre elas o Senado Federal, reafirmarmos essa nossa admiração e profundo respeito por Portugal e o seu povo”, sustentou.
De acordo com o presidente do Senado Federal do Brasil, o acordo hoje firmado contempla um vasto programa, à volta do projeto “200 anos, 200 livros”, que tem por objetivo estimular e disseminar “a cultura portuguesa e brasileira para todo o povo brasileiro”.
“Faremos uma sessão solene no Congresso Nacional, no dia 08 de setembro, para o qual convidaremos as autoridades portuguesas, inclusive o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, para que estejam connosco no Brasil a celebrar os 200 anos da independência”, anunciou.
Rodrigo Pacheco espera ainda que possa ser “revigorada” a boa relação entre Brasil e Portugal, assente na língua, cultura, arte e comida, mas também com parcerias e acordos comerciais “entre as duas nações amigas”.
“A nossa pátria mãe, Portugal, é assim reconhecida pelos brasileiros e isso ficará muito marcado neste ano do bicentenário da independência do Brasil”, referiu.
Na sua intervenção na cerimónia de assinatura dos protocolos, o presidente do Senado Federal do Brasil aludiu também ao papel fundamental que a Universidade de Coimbra tem enquanto “berço de conhecimento da Europa e do mundo” e que deixou marcas profundas também no Brasil, nomeadamente na elaboração dos primeiros códigos de leis.
“Coimbra sempre viveu na legislação brasileira”, evidenciou.
Já o reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, aproveitou a ocasião para frisar que a comunidade de estrangeiros neste estabelecimento de ensino está a superar níveis registados antes da pandemia.
“A comunidade de estudantes brasileiros torna-nos a maior universidade brasileira fora do Brasil”, admitiu.
Sobre os protocolos assinados, Amílcar Falcão considerou tratar-se de uma grande responsabilidade a Universidade de Coimbra ter sido escolhida para ser parceira nestas comemorações dos 200 anos da independência do Brasil.
“Desejamos um reforço das relações bilaterais profundamente ancoradas na valorização da língua portuguesa, que une Portugal, Brasil e os países lusófonos, e constitui a chave da nossa diferenciação no novo mundo global”, concluiu.
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