Crimes
Presidente do Boavista diz que buscas devem-se a empresa “que no passado teve relações comerciais” com o clube
Presidente do Boavista diz que buscas devem-se a empresa “que no passado teve relações comerciais” com o clube
Porto, 18 dez 2019 (Lusa) – O presidente do Boavista disse hoje que as buscas que a Polícia Judiciária (PJ) e a Autoridade Tributária (AT) efetuaram à SAD ‘axadrezada’ “têm a ver com uma empresa que no passado teve relações comerciais com o Boavista”.
Vítor Murta falava minutos antes de ser apresentado, no Estádio do Bessa, no Porto, o novo treinador da equipam de futebol profissional, Daniel Ramos, que rende, assim, Lito Vidigal, e ficou-se por uma declaração sem direito a perguntas sobre as buscas que a PJ e a AT fizeram hoje às instalações ‘axadrezadas’.
“Esta é uma questão que não tem nada a ver com o Boavista”, reforçou depois Vítor Murta, insistindo que os sócios e adeptos podem estar tranquilos quanto ao que se passou hoje no Bessa.
Fonte de Procuradoria-Geral da República disse à agência Lusa que as buscas, lançadas durante a manhã, decorreram ao abrigo de um inquérito crime relacionado com fraude fiscal e branqueamento de capitais.
“Gostaríamos de tranquilizar todos os boavisteiros, porque este é um tema que não tem a ver com o Boavista. Tem a ver com uma empresa que no passado manteve relações com o Boavista”, começou por declarar o dirigente máximo do Boavista, que foi eleito para o cargo em dezembro de 2018.
Vítor Murta afirmou que o Boavista facilitou “todos os dados” que lhe foram solicitados pelos investigadores e referiu ainda que a PJ e a AT “agiram com a maior lisura” com a instituição ‘axadrezada’, declarando-se também disponível para esclarecer “sempre” o que for necessário.
O presidente boavisteiro alegou que não respondia a questões por se tratar de um assunto que “está em segredo de justiça”, tendo depois acompanhado a conferência de imprensa de apresentação do técnico Daniel Ramos.
Fonte policial informou que foram realizadas 13 buscas no Porto, Vila Nova de Gaia, Guimarães e Aveiro, as quais incluíram as sociedades anónimas desportivas do Boavista e do Grupo Desportivo da Gafanha, em Ílhavo, dois escritórios de advogados e dois cofres bancários do norte.
A Procuradoria-Geral da República já confirmou à agência Lusa que um dos alvos das buscas foram instalações da Sociedade Anónima Desportiva do (SAD) do Boavista.
“De acordo com o apurado até ao momento pela investigação, em causa estará a não entrega da prestação tributária devida, e a sua subsequente ocultação através do desenvolvimento de atividade empresarial relacionada com a realização e gestão de eventos desportivos”, indica a PJ.
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