Política

Presidente da República  pede “passos concretos” para a descentralização

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 anos atrás em 27-03-2021

O Presidente da República pediu hoje “passos concretos” para a descentralização, acompanhados de meios, e avisou que “não basta recuperar” o país para o ponto em que estava antes da pandemia.

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“Tenho dito que não basta recuperar, é preciso reconstruir. Recuperar é voltar onde estávamos em fevereiro de 2020. E aí estávamos num país muito desigual, num Portugal com países e territórios muito diferentes entre si”, afirmou, numa intervenção no final de uma iniciativa para assinalar o Dia Mundial de Teatro, em Belém.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, nessa altura, o país tinha já “fragilidades que vieram à superfície com a pandemia”.

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“Raspado o verniz que as cobria, as fragilidades estavam lá. Temos de converter as fragilidades em hipóteses de futuro”, afirmou.

Depois de assistir a uma curta representação a cargo das Comédias do Minho, o chefe de Estado estabeleceu uma relação entre as fragilidades do país e a sua desigualdade territorial, e deixou um aviso.

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“Descentralizar não é apenas fazer leis a dizer que se dá mais poderes, é dar mais meios para se exercerem esses poderes. Não é apenas reconhecer o papel das Câmaras Municipais e das Juntas de Freguesia, é permitir que se unam, que ganhem força, que tenham massa crítica para poderem levar mais longe a descentralização”, disse, apontando este como um “desafio dos próximos tempos”.

Na sua curta intervenção, o Presidente da República considerou que a cultura “foi talvez a atividade mais sacrificada pela pandemia” de covid-19.

“Mais do que o turismo, mais do que a hotelaria, mais do que a restauração, mais do que o comércio, mais do que a escola, porque parou”, defendeu, salientando que as atividades culturais ficaram no “grau zero” desde março do ano passado e apenas ‘desconfinaram” por uns “meses curtos

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