Primeira Página
Presidente da República lamenta morte da escritora e jornalista Helena Marques
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte da escritora e jornalista portuguesa Helena Marques, salientando que o seu percurso marcou “a crescente presença das mulheres no jornalismo português”.
“Mãe de jornalistas, editores e escritores, a quem apresento as minhas sinceras condolências, o seu percurso marca a crescente presença das mulheres no jornalismo português e o triunfo, a seu tempo, de uma vocação antiga, que me apraz assinalar”, pode ler-se numa nota divulgada no portal da Presidência da República, na Internet.
Marcelo Rebelo de Sousa destaca a “longa carreira jornalista” que levou Helena Marques “do “Diário de Notícias” do Funchal a vários matutinos e vespertinos de Lisboa, entre os quais o “Diário de Notícias”, onde chegou a diretora-adjunta” sem esquecer a “carreira tardia e bem-sucedida como romancista e contista”.
A escritora Helena Marques morreu na segunda-feira à noite, aos 85 anos, anunciou hoje o grupo editorial Leya, que publica a sua obra, que tem em “O Último Cais”, de 1992, o romance de estreia.
Escritora e jornalista, de origens madeirenses, Helena Marques nasceu em Carcavelos, em 1935, tendo dedicado a vida profissional ao jornalismo e à escrita.
Publicou romances e livros de contos e recebeu vários prémios literários ao longo da vida, nomeadamente o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores.
Helena Marques começou a sua carreira de jornalista, que se estendeu por 36 anos, no Diário de Notícias do Funchal e terminou no Diário de Notícias de Lisboa, onde trabalhou entre 1978 e 1992, e foi diretora-adjunta, de 1986 a 1992, sob direção de Dinis de Abreu.
Publicou o seu primeiro romance, “O Último Cais”, aos 57 anos, um livro de estreia muito aclamado, que lhe granjeou vários prémios: o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE), o Prémio Revista Ler/Círculo de Leitores, o Prémio Máxima de Revelação, o Prémio Procópio de Literatura e o Prémio Bordallo de Literatura da Casa da Imprensa.
Em entrevista à agência Lusa, quando conquistou o Grande Prémio da APE, disse que a escrita de ficção, ao contrário do jornalismo, é “um exercício demorado”, a que se decidiu dedicar.
Era mãe do editor Francisco Camacho, do grupo Leya, do jornalista Pedro Camacho, ex-diretor de Informação e atual diretor de Inovação e Novos Projetos da agência Lusa, do antigo jornalista Paulo Camacho e da tradutora Joana Camacho. Foi casada com o jornalista Rui Camacho (1936-2014), antigo chefe de redação da ANOP – Agência Noticiosa Portuguesa, que esteve na origem da agência Lusa.
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