Política
Presidente da República “estoira” 50 mil euros num jantar de luxo em Coimbra
Imagem: Presidância da República
O Presidente da República ofereceu um jantar de luxo, no valor de mais de 50 mil euros, no Museu Nacional Machado de Castro, assinalando, em Coimbra, o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas.
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O Noticias de Coimbra sabe que “jantar de ricos foi servido pela Quinta das Lágrimas numa tenda montada no pátio do Machado de Castro.
Contactada por NDC, fonte presidência da República não quis revelar quantos é que foram “comer à conta do Camões”, no entanto, um dos “borlistas” afiança que a tenda de casamentos acolheu mais de um centena de pessoas.
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Segundo o Portal Base “o Jantar de abertura das comemorações dos 500 Anos de Camões oferecido por SExa PR ao Corpo Diplomático e entidades académicas da Universidade de Coimbra – Catering, palamenta, iluminação, som e estruturas” foi feito por ajuste direito no valor de 53.924,93 euros.
O contrato foi adjudicado pela Secretaria-Geral da Presidência da República no dia 29 de maio por ajuste direto, alegando-se uma norma do Código dos Contratos Públicos.
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De acordo com o jornal “Página Um “, que avançou com a notícia, não se sabe também, até pela ausência de fotografias, quantos convidados estiveram presentes, uma vez que não houve sequer contrato escrito, impedindo assim o estabelecimento de um preço unitário, com recurso a mais uma norma de excepção que prescinde desse acto de transparência se a aquisição de serviços se fizer no prazo máximo de 20 dias e for de imediato consumido.
Segundo o Página Um, empresa está em falência técnica, “já com um capital próprio negativo em 2022 a superar os 3,8 milhões de euros, apresentando um passivo de 18,1 milhões de euros. Grande parte deste montante, cerca de 14 milhões de euros, era financiamento bancário, o que torna o seu futuro praticamente insustentável. Em 2022, quando as taxas ainda estavam baixas, a empresa teve de desembolsar mais de 347 mil euros em juros”.
A universalidade Quinta das Lágrimas, fundada nos anos 90 pelo influente advogado José Miguel Júdice (pai da ministra da Justiça Rita Júdice e do empresário Miguel Júdice), foi “salva” 2016 pela Oxy Capital, uma sociedade de capital de risco que administra o Revitalizar na região Centro, um fundo de investimento orientado pelo Estado, ficando os Júdice com uma posição minoritária no hotel.
A Oxy Capital é liderada por Miguel Callé Lucas, da poderosa família que detém o Diário de Coimbra (é sócio e diretor-adjunto) tendo fica a gerir o Revitalizar na área de influência dos seus 4 periódicos espalhados pelas Beirass.
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