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Presidente da Câmara Municipal de Lisboa pede ajuda para salvar a Academia de Amadores de Música
No que toca a unir pessoas, a música sempre foi uma das mais poderosas ferramentas à disposição. E como tal, ao longo dos anos, a Academia de Amadores de Música tem sido um ponto de encontro vital para todos os que desejam aprender a tocar os mais diversos instrumentos musicais, independentemente da idade ou experiência anterior.
Fundada há mais de um século, a Academia de Amadores de Música construiu desde então uma rica história lado a lado com a cultura e sociedade lisboeta. No entanto, ao dia de hoje, enfrenta uma crise que ameaça a continuidade das suas atividades.
Recentemente, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, pediu o apoio da comunidade e do Governo para ajudar a salvar o futuro da Academia de Amadores de Música, que está prestes a perder a sua sede atual devido ao aumento drástico e insustentável da renda do imóvel que ocupa.
A situação é dramática, pois, sem a possibilidade de suportar o novo valor da renda, a Academia de Amadores de Música poderá ter de procurar um novo local, provavelmente menos centralizado e não tão bem servido a nível de transportes, abandonando assim o edifício onde construiu grande parte da sua história e onde orgulhosamente tem recebido alunos dos quatro cantos de Lisboa e arredores.
A Importância da Academia de Amadores de Música e a sua Contribuição Cultural
A Academia de Amadores de Música é um exemplo notável de como as instituições culturais podem desempenhar um papel transformador nas comunidades. Ao longo dos anos, a Academia de Amadores de Música tem sido um ponto de partida e também de encontro para músicos amadores de todas as idades, oferecendo cursos e workshops em diversos instrumentos musicais, permitindo que os seus alunos explorem o mundo da música de forma acessível e inclusiva.
O Impacto do Aumento da Rendas
O aumento das rendas acaba também por ser um reflexo de um problema transversal a muitos outros espaços culturais e instituições de ensino na cidade.
O setor imobiliário em Lisboa tem experimentado uma valorização crescente, o que tem levado ao aumento exponencial dos preços das rendas, tornando insustentável a permanência de muitas instituições que, à semelhança da Academia de Amadores de Música, dependem de espaços acessíveis para continuar as suas operações. No caso da Academia de Amadores de Música, o novo valor da renda, 3728 euros, simplesmente ultrapassa em muito os, anteriormente alcançáveis, 542 euros que a instituição pagava até aqui.
O que, somado aos custos com a manutenção do edifício, ao pagamento de salários dos professores e funcionários, e ainda à cobertura dos custos operacionais para garantir o funcionamento dos seus cursos e atividades, ultrapassa em larga escala o seu, já não muito elevado, orçamento anual.
Pelo que, sem o apoio necessário, a Academia de Amadores de Música terá certamente de abandonar o seu espaço atual, o que significaria não apenas perder uma localização estratégica e acolhedora para os alunos das mais variadas zonas da capital, como também parte da sua identidade.
O Futuro da Academia e da Música na Cidade
Acreditamos que com o apoio certo, a Academia de Amadores de Música poderá superar esta crise e continuar a sua missão de educar, inspirar e formar novos talentos. O desafio é grande, verdade, mas a causa é nobre. Cabe então à Câmara Municipal de Lisboa, ao Governo e aos cidadãos que se importem agir para garantir que a Academia de Amadores de Música possa continuar a ser um dos pilares da cultura da cidade, contribuindo para o crescimento de novas gerações de músicos e para a preservação de uma tradição musical que é parte essencial da nossa identidade coletiva.
Conclusão
Se por um lado a situação da Academia de Amadores de Música é representativa de um dos grandes problemas que assolam um sem número de instituições culturais em Lisboa. Por outro, acaba também por ser uma oportunidade de ouro para a cidade mostrar o seu compromisso com a cultura e a educação.
O futuro da Academia de Amadores de Música depende disso mesmo. Logo é hora de agir e garantir que a música continue a fazer eco pelas ruas de Lisboa, não só nos concertos de grandes artistas, mas também nos corações dos amadores que sonham um dia transformar o simples ato de tocar um instrumento musical numa forma de expressão e acima de tudo num modo de vida.
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