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Premiada em Espanha, “Alice no Musical das Maravilhas” sobe ao palco do Centro Cultural de Tábua

Será possível conciliar a tecnologia dos telemóveis, tablets e outros objetos digitais com os livros? Haverá lugar para a imaginação nesta sociedade digital? Até que ponto é importante o nosso aspeto? Em que investimos o nosso tempo? Poderemos crescer sem renunciar a imaginação e aos sonhos?”.
Estas são algumas das perguntas que perpassam pela nova versão teatralizada do clássico intemporal de Lewis Carroll que a Plateia d’Emoções está a levar agora a vários palcos nacionais, segundo uma ideia original de Jose Tomàs Chàfer, com texto e letras de Josep Mollà e música original de Paco Ivañez. Isto depois de ter estreado no Coliseu do Porto, por altura do último Natal.
“Alice no Musical das Maravilhas”, que conquistou em Espanha mais de uma dezena de distinções, entre os quais o de “Melhor Musical Familiar”, nos Prémios de Teatro Musical, e de “Melhor Musical”, nos Broadwayworld Spain Awards, chega agora ao palco do Centro Cultural de Tábua, desta quarta (dia 2) a sexta-feira (dia 4), com sessões direcionadas para a comunidade escolar, às 10:00 e 14:30.
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Na versão da peça (de 70 minutos) que esta companhia especializada em teatro musical tem em mãos, as personagens tentam encontrar respostas às perguntas que emergem dos novos desafios desta sociedade cada vez mais cheia de (des)informação.
“Trata-se de uma mensagem muito atual, em que todas as famílias contemporâneas se reverão: tenta-se puxar pelos valores do amor pela literatura e do poder da imaginação face à influência, quantas vezes excessiva, da multiplicidade de ecrãs nas nossas vidas”, revela Fernando Tavares, fundador e diretor artístico da Plateia d’Emoções, que detém o exclusivo da peça premiada para o território nacional.
“A Avó da Alice vai entrar no mundo das crianças com a força de um furacão. Com imaginação e astúcia, vai fazer com que os netos e amigos da Alice deixem os telemóveis e os tablets para ouvir um conto fantástico que leu quando era pequena, de modo a incutir nas crianças o gosto pela leitura”, explica-se na síntese do enredo. A proposta é, pois, uma viagem cheia de aventuras, cor e, claro, muita música.
“Conseguirá o Sr. Coelho que a sua convidada Alice aprenda o verdadeiro sentido da frase ‘Temos de aproveitar o tempo’? Conseguirá o Sr. Lagarta, especialista em transformações, mudar a cor do cabelo de Alice e, sobretudo, convencê-la para que a mudança seja interior e ela se aceite como verdadeiramente é? E teremos também o Chapeleiro maluco, obrigado a estar sempre feliz pela Rainha de Copas, que nos vai ensinar que, por vezes, mostramos um ar de felicidade, mesmo quando no nosso interior tenhamos momentos de tristeza”.
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