O índice de preços da habitação (IPHab) cresceu 7,1% no terceiro trimestre, em termos homólogos, uma desaceleração, pelo segundo trimestre consecutivo, de 0,7 pontos percentuais relativamente ao anterior, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com a autoridade estatística, no terceiro trimestre do ano, o IPHab “cresceu 7,1% em termos homólogos, 0,7 pontos percentuais abaixo do observado no trimestre anterior”.
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“Pelo segundo trimestre consecutivo registou-se uma desaceleração dos preços das habitações”, apontou o INE.
No período em análise, as habitações existentes registaram uma taxa de variação dos preços de 7,4%, superior à das habitações novas, que foi de 5,8%.
Em relação ao trimestre anterior, o IPHab aumentou 0,5%, depois de ter aumentado 0,8% no conjunto dos meses de abril, maio e junho, “o que constitui o aumento trimestral de menor amplitude observado desde o terceiro trimestre de 2015”, explicou o INE.
Para este resultado contribuiu, sobretudo, o comportamento dos preços das habitações existentes que registaram um aumento de 0,6%, ao passo que os preços das habitações novas apresentaram uma taxa de variação residual de 0,1%.
Numa análise a cada mês, foram observadas variações homólogas de -2,6%, 0% e -1,8%, respetivamente, em julho, agosto e setembro.
No terceiro trimestre, a taxa de variação média anual do IPHab foi 8,5%, menos 0,8 pontos percentuais comparativamente aos três meses anteriores.
Entre julho e setembro de 2020 transacionaram-se 45.136 alojamentos, o que representa uma taxa de variação homóloga negativa em 1,5% e um crescimento de 35,1% face ao trimestre anterior, explicou o INE.
Já o valor das habitações transacionadas atingiu, no terceiro trimestre, aproximadamente 6,8 mil milhões de euros, correspondendo a um aumento de 4,4% face ao mesmo período do ano passado.
Segundo o INE, agosto foi o mês com o maior crescimento do valor das transações (7,3%), seguindo-se setembro (4,5%) e julho (2,1%).
“No trimestre em análise, observaram-se comportamentos distintos nas duas categorias de alojamentos. Enquanto as habitações existentes apresentaram uma redução no número de transações, -3,7%, nas habitações novas observou-se um crescimento de 11,0%”, realçou a entidade estatística.
No período em análise, 60,9% do total do número de alojamentos transacionados concentrou-se na Área Metropolitana de Lisboa (14.141 transações) e na região Norte (13.351 transações), representando o peso relativo conjunto mais baixo desde o primeiro trimestre de 2015.
Para tal, esclareceu o INE, contribuiu, sobretudo, a redução de 2,5 pontos percentuais na quota relativa regional, em termos homólogos, na Área Metropolitana de Lisboa.
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