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Preço do bacalhau aumentou quase dois euros por quilo

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 18-12-2022

O preço do quilograma de bacalhau aumentou perto de dois euros este ano e, consequentemente, o volume de vendas tem vindo a recuar, com exceção da época natalícia, adiantou à Lusa o Conselho Norueguês dos Produtos do Mar (NSC).

“No canal C&C [‘Cash and Carry’ – venda para pequenos negócios] o preço do bacalhau aumentou quase dois euros por Kg [quilograma] em 2022, face a 2021, e no Comércio Moderno aumentou 1,72 euros por kg”, indicou o diretor para Portugal do NSC, Trond Rismo.

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Apesar da inflação, o bacalhau não é um dos produtos alimentares com maiores aumentos.

O NSC citou dados da Deco, organização de defesa do consumidor, relativos aos produtos que compõem o jantar de Natal, sendo que apenas o azeite (13%) aumentou menos do que o bacalhau.

A couve custa agora mais 30% do que em 2021, a batata aumentou 34% e os ovos 32%.

“O bacalhau é um produto âncora para os retalhistas e, por isso, há muito interesse em controlar os preços. Os lojistas sabem que o bacalhau é muito importante para atrair os clientes para as lojas”, notou Rismo.

Por outro lado, o bacalhau é considerado uma “opção utilitária”, lembrou, uma vez que, após a demolha, aumenta cerca de 30% e é totalmente aproveitado, para além de se poder fazer receitas para muitas pessoas, utilizando pouca quantidade deste peixe.

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Fazendo um balanço do consumo de bacalhau em Portugal, Rismo começou por dizer que a pandemia teve um impacto negativo nas vendas no canal C&C, que começaram a estabilizar ainda em 2021.

Só no Natal de 2021, o consumo representou 33,8% do volume de vendas.

No mesmo ano, a venda de bacalhau na cidade de Lisboa atingiu 14,5% do volume total.

Relativamente ao corrente ano, o preço do bacalhau aumentou, pelo menos, 0,77 euros por kg até ao final de junho.

O preço médio do bacalhau, seco e congelado, avançou 9,8%.

No comércio moderno (supermercados, hipermercados e minimercados) o valor cresceu 1%, mas o volume recuou 8% no primeiro trimestre do ano.

Já até ao final do terceiro trimestre, o valor ascendeu 2%, mas o volume cedeu 15%.

“O bacalhau congelado explica o dinamismo em valor, mas o bacalhau seco é claramente responsável pela tendência verificada em termos de volumes. Cerca de 27% de todo o bacalhau vendido em Portugal é congelado, mas o bacalhau seco lidera com 73% de quota de mercado”, apontou Trond Rismo.

Ainda no que se refere ao bacalhau seco, o consumidor teve em conta o fator preço, sendo que o calibre “corrente” cresceu 37% em termos de volume de vendas, face ao ano anterior.

Os restantes calibres tiveram quedas, destacando-se o “especial” (maior e mais caro), com um recuo de 36%.

Os portugueses continuam a preferir o “graúdo”, que representa 35% do volume total das vendas de bacalhau norueguês.

Até setembro, o canal C&C conseguiu registar uma recuperação, embora os volumes estejam em mínimos de três anos.

“Em 2022, os portugueses compraram bacalhau principalmente nos grandes supermercados (46,6%), sendo as mercarias responsáveis por 7% das vendas, os pequenos supermercados por 22,4% e os hipermercados por 23,9%”, referiu o diretor para Portugal do NSC.

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