Economia

Potencial “tremendo” atrai maior presença portuguesa de sempre na feira de Hannover

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 28-05-2022

O “potencial tremendo em gerar clientes” é o fator que mais atrai as 110 empresas portuguesas que participam a partir de segunda-feira na feira de Hannover, na Alemanha.

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O vice-presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), Rafael Campos Pereira, sublinha que todas as empresas têm “grandes expectativas” em relação à que é considerada a maior feira industrial do mundo.

“A grande maioria já exporta para a Alemanha, mas a ideia é consolidar a presença neste mercado […]. Também o facto de Portugal ser o país parceiro, permite-lhe que todos os holofotes estejam virados para as nossas empresas”, salientou em declarações à agência Lusa.

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Além dos pavilhões institucionais de Portugal e dos stands coletivos de vários segmentos de atividade, as empresas portuguesas vão participar em conferências e seminários que se irão realizar à margem da feira.

Pedro Matias, presidente do Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), que participa há vários anos na “Hannover Messe” destaca que “captar clientes que queiram comprar a engenharia e serviço portugueses” é a grande prioridade.

Entre as novidades que o ISQ pretende apresentar está um modelo de drones que permite fazer inspeções em espaços confinados, como refinarias, caldeiras, ou em plataforma petrolíferas, com máximas condições de segurança. Marca ainda presença com soluções para o setor do hidrogénio e do espaço.

“À medida que se avança cada vez mais com o hidrogénio como uma fonte de energia, existem questões que se colocam na sua utilização. Nomeadamente, a mistura do hidrogénio nos gasodutos e nas tubagens e na distribuição do mesmo […] o que vamos levar é uma metodologia de inspeção que permite detetar antecipadamente as fissuras geradas pela pressão da utilização hidrogénio”, explicou.

O ISQ exibirá também uma cápsula, com um revestimento de cortiça, um material leve e resistente a altas temperaturas, que vai para Marte colher amostras do solo.

Em Hannover, Portugal estará representado por empresas que desenvolvem atividade nas áreas de soluções de engenharia, de energia e ecossistemas digitais, com incidência sobre os setores dos equipamentos e da metalomecânica, mobilidade, setores automóvel e aeronáutico, automação e robótica, têxteis e plásticos técnicos, moldes, tecnologias de produção e energias renováveis.

João Breda, administrador da Bresimar Automoção, que exporta para mais de 20 mercados, está “otimista pelo potencial tremendo em gerar clientes.”

“Durante os quatro dias, a empresa portuguesa vai dedicar dois stands à divulgação das novidades desenvolvidas no Grupo Bresimar, com a Tekon Eletronics, uma marca própria especializada em tecnologia de sensores sem fios, e com a Selmatron, empresa do grupo que desenvolve projetos à medida para capacitar as empresas para a indústria 4.0”, apontou.

A Tekon estará a divulgar os novos transmissores sem fios e o novo catálogo de produtos e a Selmatron irá apresentar uma máquina desenvolvida à medida para personalização de brindes.

Já para a Flow, a presença na Hannover Messe é uma estreia. Ainda sem clientes na Alemanha, mas com presença em outros países, a empresa criada há 16 anos pretende conseguir, “mais do que clientes finais, parceiros e uma rede de contactos”, esclareceu à Lusa o administrador Miguel Fernandes.

A Flow, através da marca FoodinTech, vai apresentar a solução Flow Manufacturing, que permite aos industriais aumentar a qualidade dos produtos, garantir a rastreabilidade e reduzir os custos de produção através do software de gestão industrial MES – Manufacturing Execution System.

A Hannover Messe começa em 30 de maio e prolonga-se até 02 de junho, e será inaugurada pelo chanceler, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro português, António Costa.

Em entrevista à Lusa, o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal sublinhou que esta edição da feira “é o maior investimento da última década da AICEP numa ação de promoção”, adiantando que, em termos globais, ronda os quatro milhões de euros.

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