Saúde

Portugal sem casos de gripe das aves em humanos

Notícias de Coimbra | 11 horas atrás em 29-01-2025

A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) esclareceu hoje, no parlamento, em Lisboa, que Portugal não tem casos de gripe das aves em humanos, mas referiu que a vigilância tem de ser ativa para proteger os trabalhadores.

“Apesar de não haver casos confirmados na saúde humana, a vigilância contínua tem de ser ativa para manter a proteção dos trabalhadores”, afirmou a diretora-geral da DGAV, Susana Pombo, numa audição na comissão parlamentar de Agricultura, na sequência de requerimentos do PSD e do Chega.

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Susana Pombo disse que entre os principais desafios associados a esta doença está o risco contínuo da disseminação do vírus, além do grande impacto económico no setor avícola, nomeadamente devido às medidas de abate.

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A DGAV lembrou que face à evolução do risco da presença de aves selvagens, foram definidas zonas de alto risco e medidas para proteger as aves domésticas.

Entre estas medidas está a proibição de feiras e eventos com aves, o confinamento dos animais e restrições à utilização de água não tratada.

A diretora-geral da DGAV indicou ainda que o plano da DGAV prevê o abate total das aves infetadas, medidas de limpeza e testagem de aves domésticas e selvagens nas zonas de risco.

Na semana passada, gripe das aves foi confirmada numa capoeira doméstica e em aves do Parque Urbano D. Carlos I, no concelho de Caldas da Rainha, em Leiria.

Um dos focos foi detetado numa capoeira doméstica na freguesia de Tornada e Salir do Porto. O outro foi confirmado em aves do lago que fica no Parque Urbano D. Carlos I.

Foram impostas restrições à movimentação dos animais e medidas de vigilância nas explorações com aves, localizadas nas zonas de restrição (num raio de 10 quilómetros em redor do foco detetado na capoeira doméstica).

A DGAV voltou a apelar a todos os detentores de aves que cumpram as medidas de segurança, em particular, que evitem o contacto entre aves domésticas e selvagens.

No início da mesma semana, já tinha sido anunciada a confirmação de um novo foco de gripe aviária numa pequena exploração de galinhas, patos e gansos, em Sintra, onde tinha sido detetado um caso no início do mês.

No mesmo dia em que foi confirmado o primeiro caso em Sintra, a DGS esclareceu que, até à data, não tinham sido identificadas pessoas com sintomas ou sinais sugestivos de infeção por este vírus (H5N1).

A transmissão do vírus para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo.

Contudo, quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave.

A transmissão ocorre, sobretudo, através do contacto com animais infetados ou com tecidos, penas, excrementos ou inalação de vírus por contacto com animais infetados ou ambientes contaminados.

Já tinham sido confirmados em Portugal, na corrente época epidemiológica, três casos de infeção pelo vírus da gripe aviária de alta patogenicidade em aves selvagens, nomeadamente numa gaivota-de-patas-amarelas, em Quarteira, Loulé, numa gaivota-de-asa-escura, em São Jacinto, Aveiro, e numa gaivota-de-patas-amarelas em Olhão, Faro.

Mais de 840 focos de gripe das aves foram detetados na Europa, entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, sobretudo na Hungria e em Itália.

A gripe das aves já afetou mais de 60 espécies de mamíferos em oito anos, incluindo cães, gatos, leões e porcos.

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