Coimbra

Portugal passa a ter 17 bens inscritos na Lista do Património Mundial da UNESCO

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 07-07-2019
 

O Real Edifício de Mafra e o Santuário do Bom Jesus (Braga) elevaram hoje para 17 os bens portugueses Património Mundial da UNESCO, que incluiu também o Museu Nacional Machado de Castro na área classificada da Universidade de Coimbra.

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A decisão de incluir estes dois monumentos e o museu ocorreu hoje na 43.ª Sessão do Comité do Património da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que está a decorrer em Baku, no Azerbaijão, até quarta-feira.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que a inscrição destes monumentos e museu na Lista do Património Mundial da UNESCO é motivo de “grande regozijo para todos os portugueses”, enquanto o primeiro-ministro, António Costa, disse que se trata de “mais um motivo de grande orgulho” para Portugal.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros assinalou as novas inscrições portuguesas na lista do Património Mundial da UNESCO, destacando que Portugal passa a dispor de 17 bens inscritos na prestigiada lista.

Já a ministra da Cultura, Graça Fonseca, destacou as distinções da UNESCO a Portugal, “que reconhecem a diversidade de dois magníficos monumentos portugueses, testemunhos vivos da nossa história”, parabenizado todos os que trabalharam para esta distinção.

Sobre a inscrição do Real Edifício de Mafra, que inclui Tapada Nacional de Mafra, Jardim do Cerco, Escola de Armas, Palácio de Mafra e Basílica, o presidente da Câmara de Mafra, Hélder Sousa Silva, afirmou que a classificação como Património Cultural Mundial da UNESCO “peca por tardia”, uma vez que a candidatura aprovada hoje foi apresentada há 10 anos, e “traz responsabilidades acrescidas para a manutenção [do monumento] a curto prazo”.

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Segundo a Direção da Tapada Nacional de Mafra, a atribuição do estatuto de Património da Humanidade ao Real Edifício de Mafra resulta de “uma aposta na requalificação deste património natural com história”, em que “foram postos em evidência os aspetos identitários e singulares, permitindo que agora se consiga transmiti-lo às gerações futuras com um valor acrescentado, um galardão de reconhecimento universal”.

Em comunicado, o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, saudou a distinção do complexo Real Edifício de Mafra, em que “muito contribuiu o esforço do Governo para promover a recuperação da Tapada Nacional da Mafra, ao nível do edificado e da própria área florestal”, defendendo que a classificação “representa o reconhecimento pela UNESCO do valor Histórico e Cultural destas preciosas joias cravadas num território único”.

Relativamente ao Santuário do Bom Jesus, o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, congratulou-se pela classificação como Património Cultural Mundial da UNESCO, que representa “um momento de felicidade, de orgulho para a cidade e para toda a equipa que trabalhou para que esta classificação fosse possível”, salientando que com a distinção vem também “uma grande responsabilidade, que é a de tudo fazer para que o local continue à altura desta distinção”.

Em reação à distinção do Museu Nacional Machado de Castro (MNMC), que foi integrado na área classificada pela UNESCO como Património Mundial da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia (que integra a lista desde 2013), o subdiretor geral do Património Cultural, David Santos, referiu que a inclusão deste museu é uma “atitude de permanente requalificação do Bem, no sentido de equilibrar e reforçar a sua identidade”.

Por parte da diretora do MNMC, Ana Alcoforado, o processo de classificação do museu é “um imperativo da cidadania mundial”, uma vez que se trata de um “espaço fundacional da cidade, contentor de uma riquíssima materialidade que preserva uma memória histórico-artística comum”.

Também o reitor da Universidade de Coimbra disse que a integração do museu “reconhece e fortalece as estratégias de colaboração” entre a instituição que dirige, a câmara e o próprio museu, enquanto o presidente da Associação RUAS – Recriar a Univer(s)cidade e vice-reitor da Universidade de Coimbra para o Património, Edificado e Infraestruturas classificou a inclusão do Museu Machado de Castro na Lista do Património Mundial como um “momento da maior importância”.

As inscrições de hoje juntam-se ao Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém, em Lisboa; ao Convento de Cristo, em Tomar; ao Mosteiro da Batalha; à Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo, nos Açores; ao Centro Histórico de Évora; ao Mosteiro de Alcobaça; à Paisagem Cultural de Sintra; ao Centro Histórico do Porto; à Ponte Luiz I e ao Mosteiro da Serra do Pilar, bem como aos Sítios Pré-Históricos de Arte Rupestre do Vale do Rio Côa e de Siega Verde.

A lista da UNESCO em Portugal integra ainda a Floresta Laurissilva, na Madeira, o Alto Douro Vinhateiro e Centro Histórico de Guimarães, a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, bem como a Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas e suas Fortificações.

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