Economia

Portugal é o país em que banco central detém maior peso da dívida

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 22-05-2023

Portugal é o país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) em que o banco central detém maior percentagem da dívida pública transacionável no mercado, segundo um relatório divulgado hoje, dia 22 de maio, por aquela instituição.

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Num relatório sobre a evolução do endividamento soberano, a OCDE indica que Portugal é o país entre os 38 analisados mais dependente do banco central, já que detém 50% da sua dívida.

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Segundo a OCDE, em média, 25% do saldo da dívida dos países em análise é detida pelos bancos centrais.

Contudo, “esse número varia de 0% no Chile, República Checa, Dinamarca e Noruega a 50% em Portugal”.

A OCDE alertou ainda que as condições de mercado se deterioraram com o aperto da liquidez nos mercados dos títulos soberanos, aconselhando a utilização de uma variedade de ferramentas para apoiar a liquidez.

Além do aumento dos custos de financiamento, destaca que se verificou “uma deterioração nas condições de mercado e de liquidez”.

“Os principais fatores citados para esse declínio foram a incerteza macroeconómica, desenvolvimentos da política monetária, riscos geopolíticos e deterioração do sentimento do investidor”, apontam.

A OCDE assinala que a reversão dos programas de compra de ativos dos bancos centrais também pode pressionar os mercados de diversas formas, o que considera que “pode aumentar os custos para os participantes do mercado e, consequentemente, os rendimentos, embora os efeitos exatos dependam do ritmo e da magnitude do aperto”.

Assim, reitera “a importância de os gestores de dívida usarem uma variedade de ferramentas para apoiar a liquidez”, inclusive através de comunicação aprimorada com o mercado, utilizando títulos existentes e recompras.

A OCDE dá ainda nota de que as necessidades de financiamento dos países e os níveis de dívida continuam mais elevados face ao período pré-pandemia, recordando que as respostas orçamentais à crise da covid-19 levaram a níveis recorde de emissão de dívida nos países da organização.

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