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Portugal apoia com 250 mil euros resposta de emergência a Moçambique

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 16-04-2021

Portugal vai apoiar com 250 mil euros projetos de organizações não-governamentais para o desenvolvimento (ONGD) na província moçambicana de Cabo Delgado, ao abrigo do mecanismo de resposta rápida a emergências, foi hoje anunciado.

“Face ao agravar da situação na província de Cabo Delgado, em Moçambique, foi decidido ativar o Instrumento de Resposta Rápida (IRR) para Ações de Emergência, coordenado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua”, adiantou este organismo em nota.

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“Através do IRR serão disponibilizados 250 mil euros para financiar intervenções de ONGD em Cabo Delgado”, acrescentou.

De acordo com o instituto Camões, a ativação do IRR soma-se a outros apoios que a cooperação portuguesa está a canalizar para esta província moçambicana, quer a nível bilateral, quer a nível multilateral através de diversas agências das Nações Unidas.

Os projetos aprovados no âmbito do IRR serão divulgados a partir de 26 de abril.​

Portugal apoia já cinco projetos financiados pelo Mecanismo de Reconstrução para Moçambique, acionado pelo Governo português, na sequência do ciclone Idai, que há dois anos atingiu o centro daquele país.

O fundo, constituído no âmbito na cimeira Portugal-Moçambique, em julho de 2019, foi cofinanciado pelo Orçamento de Estado de Portugal e por doações de entidades públicas e privadas no valor de 1,9 milhões de euros.

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Os projetos foram também selecionados através de concurso e estão no terreno desde fevereiro de 2020 com duração prevista de dois anos.

Apoiar, Fundação Fé e Cooperação, Helth4Moz, Helpo e Oikos foram as organizações escolhidas, às quais se juntaram outras em consórcio, para a implementação das ações no terreno.

Os projetos escolhidos são na área da saúde, com intervenções previstas na resposta às necessidades básicas, melhoria do acesso à saúde materna e infantil e recuperação de estruturas médicas, bem como na recuperação da produção agrícola e promoção de resiliência das comunidades aos desastres climáticos.

A violência armada em Cabo Delgado começou há mais de três anos, mas ganhou uma nova escalada há mais de duas semanas, quando grupos armados atacaram pela primeira vez a vila de Palma, a cerca de seis quilómetros dos multimilionários projetos de gás natural.

Os ataques provocaram dezenas de mortos e obrigaram à fuga de milhares de residentes de Palma, agravando uma crise humanitária em que já morreram mais de 2.500 pessoas e 700 mil pessoas estão deslocadas desde o início do conflito.

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