Quantas vezes, durante uma conversa, lembramo-nos de falar algo mas, subitamente, esquecemo-nos. Apesar de ser uma situação frequente e comum à generalidade das pessoas, é normal questionarmo-nos por que esquecemos o que íamos falar.
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Segundo os neurocirurgiões, estes esquecimentos devem-se a uma perda súbita do fluxo de pensamento, quando estamos perante uma situação inesperada. Estes lapsos são benignos e não estão associados a qualquer demência ou problema de memória.
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“No entanto, se estes lapsos estiverem relacionados com mudanças de humor e/ou depressão ou forem demasiado frequentes e estiverem associados a coisas básicas, como palavras e acontecimentos banais, então vale a pena consultar um especialista, para avaliar a situação”, pode ler-se no e-Konomista.
Uma investigação publicado na revista Nature Communications refere que sempre que somos interrompidos por sons ou nos assustamos, temos mais dificuldade em seguir a sequência do nosso discurso. É como se o corpo enviasse ao cérebro sinais elétricos que param o fluxo do pensamento, assim como é capaz de enviar sinais capazes de interromper o movimento do corpo.
De acordo com Adam Aron, neurocientista da Universidade da Califórnia: “um acontecimento inesperado parece fazer-nos esquecer aquilo em que estávamos a pensar”.
A explicação está no núcleo subtalâmico (STN), um conjunto de neurónios que fica no mesencéfalo e que é capaz de suspender o pensamento.
Assim, o cérebro bloqueia os pensamentos para que nos foquemos em tudo aquilo que pode representar um perigo para nós.
Basta surgir um barulho forte ou inesperado para ficarmos alerta, mesmo que se trate de uma simples porta que bate ou de uma pessoa que eleve mais um tom de voz. Muitas vezes relacionados com formas de distração, esquecermo-nos daquilo que vamos dizer é um processo comum ao ser humano e que não tem, necessariamente, a ver com falta de foco ou de concentração, explica.
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