O Núcleo de Coimbra da Academia de Líderes Ubuntu vai denominar, no próximo sábado, e por um dia, a ponte pedonal Pedro e Inês, que liga as duas margens do rio Mondego na zona do parque verde da cidade, como “Ponte Mandela”, numa cerimónia simbólica em homenagem ao líder sul-africano que, durante 67 anos, lutou contra a segregação racial no seu país, conhecida como apartheid.
Inserida na iniciativa mundial “Pontes Mandela”, proposta pela Ubuntu Global Network para assinalar o Dia Internacional Nelson Mandela instituído sob a égide das Nações Unidas, a atividade em Coimbra, organizada, dia 18 de julho, pelas seis instituições que formam o Núcleo de Coimbra da Academia de Líderes Ubuntu – Universidade de Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Instituto Universitário Justiça e Paz, Cáritas Diocesana de Coimbra e Instituto Padre António Vieira –, decorrerá entre as 9h30 e as 10h30, justamente na ponte Pedro e Inês.
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«A história de Pedro e Inês é a história de um amor resiliente, que supera muitas adversidades. Mas é, também, uma história de incompreensões, ódios e violência. A ponte Pedro e Inês, sobre as águas tranquilas e espelhadas do Mondego, é um convite à reflexão de cada um sobre as ligações virtuosas que pode criar entre pessoas e situações, mesmo que, tal como a própria ponte, elas possam ter que traçar um caminho mais ou menos sinuoso até ao encontro final», afirma o Núcleo de Coimbra da Academia de Líderes Ubuntu.
Neste dia 18 de julho, em que «as Nações Unidas convidam o mundo a realizar 67 gestos por um mundo melhor, em homenagem ao número de anos que Mandela lutou pela liberdade do seu povo», o Núcleo de Coimbra da Academia de Líderes Ubuntu decidiu, pois, renomear a ponte pedonal Pedro e Inês (como ponte Mandela), como «símbolo do compromisso que cada um de nós pode assumir no sentido de construir paz e promover justiça social, solidariedade e respeito pela dignidade humana».
Já no período da tarde, entre as 14h00 e as 19h00, realiza-se o Mandela Bridges World E-Summit, conferência que contará com a participação, entre outros, de John Volmick, Ramos Horta, Muhammad Yunus, Kailash Satyarthi, Kerry Kennedy, Princesa Rym Ali da Jordânia e Carlos Moedas.
A Academia de Líderes Ubuntu, disseminada já em vários pontos do país no estrangeiro, «é um projeto de capacitação de jovens com elevado potencial de liderança, provenientes de contextos de exclusão social ou com aptidão para aí trabalharem, com o objetivo de facilitar o desenvolvimento do seu potencial, capacitando-os para a intervenção adequada e eficaz nesses mesmos contextos», lê-se no site do projeto.
Conceito africano que significa acolhimento, respeito, entreajuda, partilha, comunidade, cuidado, confiança e generosidade, a tradução literal de Ubuntu é: “Eu sou porque Tu és”. Eu só posso ser uma Pessoa com as outras Pessoas”.
O Núcleo de Coimbra da Academia de Líderes Ubuntu visa contribuir para o desenvolvimento de competências pessoais, sociais e cívicas dos participantes, concorrendo para a sua transformação como “construtores de pontes” ao serviço da comunidade, na senda de uma sociedade mais justa e solidária.
Esta rede colaborativa informal pretende desenvolver a metodologia Ubuntu na região de Coimbra, que assenta em pilares como o autoconhecimento, a autoconfiança, a resiliência, a empatia e o serviço, através de figuras de referência como Nelson Mandela, Martin Luther King, Desmond Tutu, Mahatma Gandhi, Madre Teresa de Calcutá e Aristides de Sousa Mendes.
A nível mundial, a Academia de Líderes Ubuntu desenvolve a sua ação em 15 países (Portugal, Brasil, Camboja, Cabo Verde, Colômbia, Grécia, Guiné-Bissau, Moçambique, Peru, Filipinas, S. Tomé e Príncipe, Senegal, África do Sul, Espanha e Venezuela) e em quatro idiomas.
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