Coimbra

Pombos tomam conta de Coimbra? Saiba o que está por trás desta invasão

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 horas atrás em 28-11-2024

É uma das questões que mais preocupa os cidadãos e os autarcas: a proliferação de pombos nos centros urbanos. Algo que tem vindo a crescer e começa a criar problemas.

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Afinal, podemos considerar que os pombos são uma praga em Coimbra? À semelhança da capital, também outras cidades do país sofrem com este problema porque cada vez mais a nossa vida é intercetada pela presença destes animais a que muitos chamam “ratos do céu”.

Hoje em dia é habitual estar sentado numa esplanada e ser intercetado por estas aves. Seja na Praça da República ou na Baixa de Coimbra. É cada vez mais comum que um pombo aterre e do nada lhe roube a comida. Dizem que o aumento de esplanadas no período pós-Covid piorou as coisas.

Embora possam parecer inofensivos, as suas fezes são corrosivas, os ninhos problemáticos e as doenças que podem transmitir tornam o controlo de pombos uma questão crucial para quem vive e trabalha em Coimbra, mas não só. As fezes corroem superfícies, como telhados e varandas, há obstrução de calhas e sistemas de drenagem por causa dos ninhos e detritos.

Utilizam como abrigo as localizações mais elevadas, como torres de igrejas, telhados e edifícios degradados. Escolhem locais estratégicos, de modo a que possam usá-los como abrigo e também como um ponto de observação para procurar fonte de alimento. Segundo Jerolmack, autor do livro The Global Pigeon (“O Pombo Global”), estas aves gostam em concreto de mármore e pedra.

Há problemas para a saúde, nomeadamente o surgimento de fungos que podem causar meningite subaguda/crónica ou doença pulmonar.

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Salmonelose é uma bactéria que pode causar intoxicação alimentar através da ingestão de carne e ovos contaminados com fezes deste animal ou alimentos indevidamente higienizados.

Os ácaros podem causar erupções e irritação na pele semelhante às picadas de insetos, transmitida pelo piolho de pombo.

No ano de 2020, a Câmara Municipal de Coimbra contratou a empresa TFalcon Madeira – Unipessoal, Lda. para prestação de serviços de falcoaria no Mercado Municipal D. Pedro V, durante seis meses, às sextas-feiras e aos sábados, pelo período de quatro horas diárias, tendo-se o serviço iniciado em dezembro.

Mas não é só o mercado que tem este problema, o AlmaShopping há já alguns anos que tem uma ave de rapina a tomar conta dos pombos, bem como, mais recente, o Mc Donald’s da Avenida Fernão de Magalhães que contratou este tipo de serviços.

O método consiste na libertação de aves de rapina, neste caso falcões, que afastam outras aves, como, por exemplo, pombos e gaivotas, estando os mesmos treinados para não agredir.

Nas cidades existem muitos pessoas que desenvolveram hábitos peculiares, como o de alimentar diariamente no mesmo local e hora centenas de pombos que vivem livremente nas praças e nas ruas das cidades, com sacos de milho, pão ou até restos de refeições. A disposição fácil de alimento leva a que estas aves deixem de desenvolver comportamentos inerentes à sua espécie, tal como a procura pela natureza de alimentos adequados à sua dieta, como grãos, frutos e insetos.

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