Politécnico
Politécnico de Coimbra aposta no empreendedorismo com mais uma edição do Poliempreende
Arrancou a 18.ª edição do Poliempreende – Start Up Your Idea no Politécnico de Coimbra (IPC). A sessão de abertura decorreu ontem, dia 23 de fevereiro, em formato online.
Sara Proença, diretora do INOPOL Academia de Empreendedorismo e coordenadora Regional do Poliempreende, fez a apresentação da edição deste ano do programa Poliempreende, “a maior rede de promoção do empreendedorismo no ensino superior politécnico” a nível nacional, que envolve toda a comunidade académica e conta com o apoio de diversos agentes do ecossistema empreendedor nacional. Está aberta à participação de estudantes, diplomados e professores/investigadores que, com o suporte de mentores/consultores, apresentam projetos de negócio à apreciação de um júri, habilitando-se a prémios monetários e a serviços de incubação no INOPOL Academia de Empreendedorismo.
O programa pretende, sobretudo, promover a cultura empreendedora, o espírito de iniciativa e o enriquecimento curricular dos atores académicos participantes, fomentando o desenvolvimento de projetos de vocação empresarial e valorizando o conhecimento gerado no seio da comunidade académica, potenciando assim a transferência de tecnologia e a criação de novas empresas de cariz inovador. Segundo Sara Proença, é importante para o sucesso do projeto que exista “capacidade para criar equipas que reúnam estudantes de diferentes perfis” e provenientes das diferentes Escolas do IPC.
Na sua intervenção, Jorge Conde, presidente do Politécnico de Coimbra, referiu que “o empreendedorismo é uma área cada vez mais abraçada pelas IES (Instituições de Ensino Superior)” e, em particular, pelo IPC, pelo facto de ajudar muitos estudantes a inovar, desenvolver ideias de negócio e criarem o seu próprio emprego. O responsável salientou ainda a importância do INOPOL, a incubadora de empresas do Politécnico de Coimbra, pela sua ação não só ao nível do estímulo à geração de novas ideias, mas também no apoio à sua transformação em negócios. Por último, destacou o que “empreendedorismo não é sinónimo de empresarialização”, uma vez que a capacidade de inovação é tão preponderante para fins de criação do seu próprio negócio, como para quem escolhe trabalhar por conta de outrem, em empresas.
O projeto Poliempreende integra todas as instituições politécnicas do país, num total de 21 parceiros (a que corresponde um universo de mais de 100 mil estudantes e mais de sete mil docentes), englobando uma fase regional e uma fase nacional. A nível regional, o IPC promove um conjunto de iniciativas (sessões de sensibilização, oficinas de formação/capacitação e mentoring), que culminam na escolha do melhor projeto de negócio. O projeto vencedor no IPC concorre depois a nível nacional com os vencedores apurados nos restantes parceiros da rede.
Nesta 18.ª edição, o prazo limite para entrega das ideias de negócio será o dia 27 de abril, seguindo-se no dia 4 de maio um Bootcamp de Ideação com o objetivo de apoiar as equipas no desenvolvimento e aperfeiçoamento das ideias submetidas (com recurso ao apoio de um conjunto alargado de mentores), assim como validar as que demonstram potencial para seguir para a fase seguinte. Para 29 de junho está marcada a entrega dos planos de negócio e a 13 de julho realizar-se-á o Concurso Regional. Entretanto, entre os meses de março a junho, irão decorrer diversas sessões de sensibilização e capacitação.
De referir que o IPC compete a nível nacional há vários anos, desde a 5.ª edição, e conta com seis vitórias, um segundo e um terceiro prémios e um prémio inovação Delta. A vitória mais recente deu-se no Concurso Poliempreende 2020 (o qual foi atribuído em 2021), com o projeto da equipa INOAPI, que propôs um conjunto de soluções inovadoras para a indústria da Apicultura.
Inês Franco Alexandre foi a oradora convidada desta sessão de abertura. Considerada uma das 100 jovens mais influentes de Portugal pelo projeto “100 oportunidades”, é um dos rostos mais visíveis do empreendedorismo social e de impacto a nível nacional, fazendo da sua missão de vida encontrar soluções inovadoras, escaláveis e sustentáveis para responder aos problemas e desafios sociais e ambientais mais prementes da sociedade. É atualmente Head of Digital Ecosystem e People & Culture Manager na Girl MOVE Academy, uma Academia de Liderança e Empreendedorismo Social que procura, através de modelos educativos inovadores e de novas formas de pensar e de agir mais inclusivas e sustentáveis, promover o empoderamento de raparigas e mulheres moçambicanas. É também Presidente do Movimento Transformers, uma organização com mais de 10 anos de atividade e que tem como missão combater o problema da falta de participação cívica e social da sociedade civil em Portugal, promovendo e envolvimento das pessoas nas suas comunidades através daquilo que mais gostam de fazer.
Durante a sua intervenção, a empreendedora abordou vários tópicos ligados ao empreendedorismo, liderança, ativismo, inovação e impacto social, designadamente os diferentes tipos de empreendedorismo, as várias etapas que compõem o processo de criação de um projeto, negócio ou startup e as aprendizagens práticas que retirou ao longo do seu percurso. A oradora salientou ainda que “não temos todos de ser tudo”, mas que existe sempre espaço para fazermos a diferença dentro de uma organização, pelo que devemos todos explorar o nosso potencial para o “(intra)empreendedorismo”. Finalizou apelando aos participantes que invistam no exercício de descobrir quais são os seus talentos, através do cruzamento entre experiências de vida (pessoais ou profissionais), competências adquiridas e pessoas que nos inspiram e influenciam.
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