Educação
Politécnico Coimbra obtém patente europeia para tecnologia na indústria corticeira
O Politécnico de Coimbra anunciou hoje a obtenção de uma patente europeia para uma tecnologia inovadora destinada à indústria corticeira, que espera que venha a ser aplicada e útil num setor em que Portugal é líder mundial.
“Esta é uma tecnologia muito orientada para as pequenas unidades de produção que são as que têm mais dificuldades em ter centros de investigação e desenvolvimento”, destacou Sara Proença, diretora do INOPOL.
“Estamos à disposição para perceber de que modo é que esta tecnologia pode ser integrada nos seus sistemas de produção e para fazer também os necessários ajustamentos para que a tecnologia seja útil”, adiantou a responsável.
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O Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) obteve uma patente europeia para a tecnologia inovadora “Pre-treatment process for liquid effluent for the cork stopper industry and effluent pre-treatment system”, destinada à indústria corticeira.
Segundo o IPC, esta invenção representa “um avanço relevante no tratamento de efluentes líquidos gerados durante a produção de rolhas de cortiça, um setor de grande importância para a economia nacional, em que Portugal é líder mundial”.
Em declarações a agência Lusa, a diretora do INOPOL Academia de Empreendedorismo – unidade orgânica do IPC responsável pelas áreas da Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia – explicou que a missão de uma instituição de ensino superior é desenvolver investigação útil para responder a desafios societais.
“Lanço o repto aos ‘stakeholders’ que atuam neste setor, em que Portugal é líder mundial em termos de indústria corticeira. As inovações nessa indústria de menor dimensão fazem-se muito em parceria com as instituições de ensino superior, por isso, lanço o repto a essas indústrias no sentido de nos procurarem”, acrescentou.
Segundo Sara Proença, a concessão do título de patente europeia a este tipo de invenção vem atestar que se está perante “uma tecnologia verdadeiramente inovadora, uma inovação disruptiva”.
“A atribuição desta patente europeia é de facto um ‘output’ importante para as nossas equipas e para a nossa instituição. Trabalhamos todos os dias para que as nossas tecnologias e as nossas invenções possam efetivamente ser valorizadas do ponto de vista de mercado e serem postas ao serviço da sociedade”, referiu.
Atualmente, o portfólio do IPC conta com cerca de “50 tecnologias que estão disponíveis e passíveis de ser transferidas para a indústria”.
Desenvolvida por uma equipa de investigadores do Instituto Superior de Engenharia do Politécnico de Coimbra (ISEC-IPC), esta tecnologia inovadora “utiliza um sistema de reator único ao qual é alimentado o efluente não tratado que sofre sequencialmente um conjunto de processos físico-químicos que visam a redução da carga poluente, tornando o processo mais simples e eficiente”.
De acordo com o investigador do ISEC-IPC e líder da equipa responsável pelo projeto, Luís Castro, esta solução diferencia-se pela sua adaptabilidade a pequenas unidades fabris.
“É mais compacta e de fácil aplicação, o que oferece uma melhoria significativa no processo de tratamento e permite uma produção mais eficiente e ambientalmente sustentável”, concluiu.
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