Crimes

Polícia Judiciária celebra 75º. aniversário com exposição de pinturas falsas de Pomar, Cesariny e Picasso

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 07-10-2020

Pinturas falsas de Júlio Pomar, Cesariny, Picasso, Malangatana, Amadeo Souza Cardoso vão estar em exibição na Alfândega do Porto, a partir da próxima sexta-feira, no âmbito do 75.º aniversário da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ).

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Em declarações à agência Lusa, fonte oficial da PJ adiantou que na exposição, designada de “A Arte do Falso”, vão estar várias obras de arte falsa, apreendidas na última década e meia por inspetores da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, designadamente imitações de pinturas e desenhos dos pintores portugueses Júlio Pomar e Mário Cesariny, assim como do pintor moçambicano Malangatana e do artista espanhol Pablo Picasso.

As obras falsas, que vão ser expostas ao público, foram sendo localizadas pelos inspetores da PJ, principalmente nos grandes centros urbanos, como Lisboa e Porto, em galerias de arte, leilões, feiras, exposições e antiquários.

“Os temas e os objetos apresentados pretendem trazer ao conhecimento do público narrativas significativas de falsificações e falsificadores, elementos adulterados ou mecanismos de falsificação recolhidos durante os processos de investigação”, assim como pretendem “alertar para os cuidados que todos nós, no exercício de uma cidadania que se deseja informada e ativa, devemos ter para evitar o nosso envolvimento em contextos Falsos”, lê-se no comunicado de imprensa de apresentação da mostra, enviado à agência Lusa.

A exposição, que resulta da parceria entre o Centro de Congressos da Alfândega do Porto e a Polícia Judiciária – Diretoria do Norte, vai também exibir moedas e notas falsas apreendidas pela PJ, assim como armas, automóveis e joias, entre outros objetos.

“Fundada no talento, na imaginação, na inteligência, muitas vezes no génio criativo dos criminosos, a exposição mostra-nos a mentira, a ilusão, a fraude, o engano, que se estende da pintura à moeda, passando pelas armas, pelos automóveis, pelas joias ou por uma máquina que curava todas as doenças”.

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A exposição “A Arte do Falso” vai ser inaugurada com a presença do diretor da Diretoria do Norte, Norberto Martins, na próxima sexta-feira, dia 09, pelas 18:30, no edifício da Alfândega do Porto, e insere-se no “programa das comemorações do 75.º aniversário da Diretora do Norte da PJ”, segundo a nota de imprensa.

Numa entrevista à agência Lusa em 2016, o diretor da Unidade Territorial do Norte da Polícia Judiciária (PJ/Norte), Batista Romão, explicou que havia “falsificações más”, que se distinguem facilmente, mas que há outras falsificações que se tem alguma dificuldade em entender e em que, muitas vezes, são chamados os próprios autores – quando são vivos – para poderem identificar as obras falsas.

A falsificação de um quadro pode ser observada pela assinatura do pintor, pelo traço e estética do artista e, numa grande parte das vezes, pelos “materiais usados” pelos falsificadores que “não correspondem à época”, explicou, na altura, o inspetor-chefe Pedro Silva.

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