Na manhã de sexta-feira, 28 de março, guardas prisionais do Hospital-Prisão de Caxias, em Oeiras, receberam ordens para acompanhar um recluso até à Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, com o objetivo de realizar uma colheita de esperma.
A diligência envolveu dois guardas prisionais que acompanharam o preso até à consulta de embriologia, uma especialidade ligada ao planeamento familiar, descreve o Correio da Manhã.
A situação gerou controvérsia e foi alvo de críticas por parte do Sindicato Nacional da Guarda Prisional (SNGP), que considera este tipo de diligência um “atentado à segurança dos guardas”. O presidente do SNGP, Frederico Morais, afirmou que “nunca deveria ter sido enviado um preso a um hospital para a recolha de esperma”, defendendo que o procedimento deveria ter sido realizado no próprio hospital-prisão, como forma de garantir a segurança dos envolvidos. Morais ainda referiu que a situação vai contra as orientações da ministra da Justiça, que tinha apontado para a necessidade de evitar diligências desnecessárias.
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Por sua vez, os Serviços Prisionais não confirmaram os detalhes da operação, mas afirmaram que “os reclusos mantêm o direito a acompanhamento médico, incluindo tratamentos de fertilidade”, de acordo com as normas em vigor.
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