Coimbra
Dormir no Seminário Maior de Coimbra para ter uma experiência “contemplativa e de autodescoberta”
Os visitantes do Seminário Maior de Coimbra, espaço que abriu ao público há um ano, vão poder pernoitar no edifício para uma experiência “contemplativa e de autodescoberta”, foi hoje anunciado.
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Na cerimónia de balanço do primeiro ano de abertura dos espaços do Seminário ao público, o reitor Nuno Santos explicou que é “muito interessante” acordar naqueles edifícios, desfrutar do seu silêncio e desligar da “vida lá fora”.
“Este projeto é para o visitante que procura três ‘S’: Simplicidade, Silêncio e Sagrado. É para as pessoas que procuram uma experiência diferente, que procuram um sentido para a sua vida”, disse.
O padre Nuno Santos, que fez a conferência de imprensa no Museu Nunes Pereira, um novo espaço também aberto a visitas, disse que o grande desafio deste primeiro ano “foi dar a conhecer um património de 250 anos, que estava fechado aos olhos do público”.
“Foi um desafio ganho. Quem nos visita, diz que não imaginava que existisse tanta beleza neste espaço”, explicou, acrescentado, contudo, que a “articulação com outros espaços da cidade, como a Universidade, ainda precisa de ser trabalhada. Ainda não existe em Coimbra essa capacidade de articulação. Por outro lado, a sinalética do Seminário Maior, que já solicitámos à Câmara Municipal de Coimbra, ainda é uma falha”.
No primeiro ano, “o Seminário Maior recebeu cerca de 2.800 visitantes, dos quais 2.462 foram pagantes. São, de acordo com a nota de imprensa, “números promissores, mas que os responsáveis pela exploração, o Grupo Gala, querem ver aumentados”.
“As apostas neste ano são na promoção externa e na utilização do refeitório para almoços, além de procurarmos uma simbiose com outras instituições da cidade, de forma que seja possível criar um roteiro turístico unificado”, adiantou Miguel Martins, do Grupo Gala.
Da Turismo do Centro, Pedro Machado, abordou a singularidade do espaço, que “contribuiu em muito para o aumento da oferta turística da cidade, e da região, nas vertentes do turismo religioso e do turismo cultural. Elogiou ainda a parceria entre o Seminário Maior e o Grupo Gala, num “modelo de negócio que é de saudar”.
“O Seminário Maior é um belíssimo exemplo de como se pode tornar o espólio religioso visitável. Está a ser pensado vir a ser, muito em breve, o primeiro sítio da região vocacionado para quem procura um local para se encontrar consigo próprio. Um espaço de silêncio, de contemplação, de reflexão, em que o visitante possa recolher-se da azáfama do dia-a-dia. Um local que seja uma alternativa aos espaços convencionais, que seja uma referência nacional e internacional para o visitante que procure algo mais, que queira oferecer tempo a si próprio, reencontrar o seu centro e onde, independentemente do seu credo religioso, possa estar em contacto com pessoas do próprio Seminário, disse.
Pedro Machado acrescentou que “este projeto pode ainda permitir estruturar um produto turístico, em conjugação com espaços semelhantes, mosteiros e conventos em locais turisticamente mais improváveis, mais afastados do litoral”.
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