Coimbra

PJ investiga morte de Gabriel no Mondego. PSP nega “munições de borracha”

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 horas atrás em 23-01-2025

Imagem: Facebook

A Polícia Judiciária está a investigar o caso do jovem de 20 anos que foi encontrado morto no rio Mondego, em Coimbra, depois de fugir de agentes da PSP, que estavam numa ação de patrulhamento na Baixa.

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Fonte da PJ confirmou à agência Lusa que o caso está a ser investigado no sentido de se apurar os factos que resultaram na morte de Gabriel Cunha, jovem natural do Brasil que faria hoje 21 anos.

Em resposta escrita a perguntas da agência Lusa, o gabinete de relações públicas da Direção Nacional da PSP afirmou hoje que os agentes envolvidos na ocorrência não tinham, no momento da perseguição, “armamento com munições de borracha”, desmentindo relatos de familiares da vítima que, citados pela imprensa brasileira, alegavam que Gabriel Cunha teria sido atingido por balas de borracha, antes de cair no Mondego.

“De acordo com os relatórios, não houve utilização de qualquer arma por nenhum dos intervenientes”, acrescentou a PSP.

A PSP afirmou ainda que a PJ esteve no local e recolheu os elementos de prova necessários, “incluindo a identificação das testemunhas civis da ocorrência, encontrando-se a desenvolver as competentes investigações”.

Questionada sobre se o jovem alguma vez teria sido condenado por tráfico de droga, a PSP disse que a vítima tinha sido detida quatro vezes, em 2024, por suspeita de tráfico, tendo sido apreendidas doses e dinheiro.

Na resposta à Lusa, a PSP não apresentou qualquer esclarecimento sobre se os polícias tentaram entrar no rio para salvar a vítima quando esta caiu no Mondego, assim como de que forma é que os agentes tentaram ajudar o jovem após a queda.

Uma amiga próxima de Gabriel Cunha, que optou por não se identificar, disse à Lusa que a vítima estava sem documento de residência válido e que terá sido por essa razão que fugiu da polícia.

“Ele não se atirou ao rio. Ele caiu ao rio”, contou a mesma amiga, referindo que, face ao frio que se sentia naquele dia, Gabriel tinha muita roupa vestida, nomeadamente dois casacos, que poderão ter dificultado o seu movimento dentro de água.

A mesma fonte, que esteve no local cerca de meia hora depois da queda do amigo, questiona o porquê de “ninguém ter entrado na água” para tentar salvar o jovem.

“Há dois agentes presentes, que ficaram a olhar para o rio à espera que ele viesse ao de cima”, criticou.

Segundo a amiga de Gabriel Cunha, o jovem tinha vindo para Portugal para jogar futebol, mas tinha ficado sem clube, e ia fazendo uns biscates em obras na cidade, enquanto não encontrava uma nova oportunidade desportiva.

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