Crimes
PJ faz buscas por causa do caso das golas antifumo
A Polícia Judiciária está hoje a fazer buscas nas instalações do Ministério da Administração Interna (MAI) e na Autoridade Nacional da Proteção Civil, alegadamente por causa do caso das golas antifumo.
Em nota enviada à comunicação social, o MAI confirma as buscas, adiantando que “está a ser prestada toda a colaboração na realização das referidas diligências”.
Também a Procuradoria-Geral da República confirma a realização das buscas no âmbito de uma investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal.
Vários órgãos de comunicação social estão a divulgar a realização destas buscas, indicando que as diligências estão relacionadas com o ‘dossier’ das golas antifumo do programa “Aldeia Segura” e que em causa estão suspeitas de crimes de participação económica em negócio e desvio de subsídio.
O caso das golas antifumo levou em julho o ministro da Administração Interna a abrir um inquérito sobre a contratação de “material de sensibilização para incêndios”.
Dois dias depois da decisão do ministro, o adjunto do secretário de estado da Proteção Civil demitiu-se após ter sido noticiado o seu envolvimento na escolha das empresas que produziram os ‘kits’ de emergência que continham as golas antifumo para o programa “Aldeia Segura”.
Também vários comandos distritais de operações de socorro (CDOS) estão a ser alvo de buscas.
“É uma operação que está a decorrer em todo o país e o Porto não é diferente. Estamos a colaborar”, disse à Lusa o comandante de operações de socorro daquele distrito, Carlos Alves.
Nas instalações do CDOS de Faro, em Loulé, estão três inspetores da Polícia Judiciária, que chegaram ao edifício logo ao início da manhã, confirmou o comandante operacional distrital, Vítor Vaz Pinto.
“Estamos a disponibilizar tudo o que for necessário para facilitar o seu trabalho”, referiu o responsável, sublinhando que estão “de portas abertas” e facilitarão o acesso das autoridades a toda a documentação que lhes for solicitada.
Em Coimbra, fonte ligada ao processo confirmou buscas no âmbito do “Aldeia Segura”, referindo que está a ser realizada uma verificação de documentos.
Outras fontes da Proteção Civil indicaram também que há buscas no CDOS de Portalegre e de Beja. Neste caso, desde cerca das 09:30 que uma equipa da Polícia Judiciária está reunida com o comandante operacional distrital.
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