Justiça
PJ detém jovem que levava terceiros a pagar encomendas convencendo-os que eram dívidas
A Polícia Judiciária deteve na quarta-feira no Cadaval um jovem de 19 anos por burla informática através de SMS fraudulentos em nome de entidades que reclamavam dívidas ao Estado inexistentes, mas que na verdade serviam para pagar encomendas ‘online’.
A Operação ‘Net Speed Flow’ foi desencadeada pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) e levou à detenção do homem de 19 anos “que se dedicava à prática de envio de mensagens SMS, mascarando o remetente, com intuito de provocar engano nos recetores, sugerindo o pagamento imediato de dívidas ao Estado, através de entidade e referência, a fim de evitar execuções fiscais”.
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“A presente investigação teve origem na receção de um SMS no qual a vítima efetua o pagamento atento o prazo mencionado na mensagem. Mais tarde, esta viria a confirmar que o pagamento não foi realizado para uma entidade estatal, mas sim para uma loja online de venda de eletrodomésticos e de outros produtos”, explicou a Polícia Judiciária (PJ) em comunicado.
O objetivo com a dissimulação da verdadeira entidade cobradora do montante reclamado era ocultar o nome da loja online onde o detido realizou uma série de encomendas, que levava terceiros a pagar, fazendo-os acreditar que estavam a pagar dívidas ao Estado.
“Na sequência da detenção em flagrante delito, aquando da receção da encomenda online, foi realizada uma busca domiciliária tendo sido apreendido diverso material provatório dos factos em investigação. A disseminação das mensagens, em número elevado, ocorreu na semana passada e desconhece-se, para já, a quantidade de SMS enviados”, adiantou ainda a PJ.
O detido vai ser presente a tribunal para aplicação de medidas de coação.
“Este tipo de crime, tipificado como falsidade informática e burla, por meio informático, induz as vítimas em erro acerca do verdadeiro remetente da mensagem e leva-as a ter ações imediatas, sem antes verificarem a verdadeira origem ou o descrito na mensagem”, refere a PJ, que recorda recomendações para verificação da veracidade de mensagens e emails, atenção a sinais de desconformidade como erros ortográficos, ou não aceder a links sem ter plena confiança na origem da mensagem, entre outras.
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