Crimes

PJ contra PJ. Um inspector mentiu em Tribunal

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 15-07-2014

 |NDC DIRECTO|

Continuamos a acompanhar o julgamento da inspectora da PJ acusada de matar a avó do marido. Está a decorrer a acareação entre dois inspectores da Judiciária, o marido da arguida e a titular do inquérito. Vamos no 13º dia de audiências.

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Acareação entre Carlos Coelho (marido da arguida Ana Saltão) e José Cardoso (titular do inquérito, o polícia que conduziu a investigação). Ambos são inspectores da PJ. Coelho fez estágio na equipa de Cardoso. São, eram amigos.

9:49 – Início do frente a frente. É mais lado a lado.
João Ferreira, que preside ao tribunal de júri, começa por falar com Cardoso. Coelho gesticula e interrompe o colega.

A conversa prossegue a 5. Juíz, Ministério Público, Defesa e os dois inspectores.

Cardoso mantém que Coelho lhe ligou por diversas vezes. O marido da arguida diz que não foram assim tantas. Não se entendem. Coelho refere-se a Cardoso como “este senhor”, o “senhor”. Está visto que  entre os dois deixou de haver cumplicidade.

Recordamos que o marido da arguida chegou a confidenciar a várias pessoas que tinha a certeza que a sua esposa era a assassina. Viria a confessar depois que chegou a essa conclusão por causa do que Cardoso lhe tinha dito. Viria a mudar de opinião. Viria a concluir que que foi induzido em erro e agora confia que não foi a sua esposa Ana Saltão a assassinar a sua avó, a antiga talhante Filomena Gonçalves

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José Cardoso e Carlos Coelho não se entenderam. No essencial, mantiveram os seus depoimentos. Um deles está  a mentir, a esconder a verdade. Foi tempo perdido.

Dois inspectores prestaram depoimentos contraditórios, um deles não disse a verdade, o que é mau para a imagem PJ, resume o Juiz João Ferreira, depois de meia hora de conversa que não levou a lado nenhum e a nenhum lado.

Meia hora perdida…ou não?

Mónica Quintela, Advogada da arguida, faz um dos seus já famosos apartes, o que merece a reprovação de Ângela Bronze, Procuradora do Ministério Público. O juíz, sempe simpático e benevolente, diz-lhe para deixarem a conversa para amanhã, o dia das alegações finais do processo cuja sentença será conhecida a  de setembro.

FIM

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