Crimes
PJ acredita ter detido homem que ateou fogo que vitimou animais de Santo Tirso
A Polícia Judiciária (PJ) está “convencida” de que o autor do fogo que teve origem em Valongo e se estendeu a Santo Tirso, onde dezenas de animais morreram, é um eletricista que foi hoje detido por esta força policial.
“O início desse incêndio – que depois tomou os abrigos [de animais na serra da Agrela, em Santo Tirso], e levou à morte daqueles animais – ocorreu exatamente naquela que era a zona de atuação do suspeito [detido hoje]. E o local onde começou, a forma como começou e alguns elementos que ligam a presença dele naquele local nos momentos que antecederam o início da ignição, faz-nos convencer que esse terá sido também um dos incêndios que tiveram origem no comportamento dele”, disse esta tarde o diretor da Diretoria Norte da PJ, Norberto Martins.
O responsável falava aos jornalistas em conferência de imprensa, depois de esta tarde a PJ ter emitido um comunicado no qual revelou que deteve um homem de 29 anos com antecedentes criminais suspeito de atear fogos numa zona florestal, mas onde estão localizadas “inúmeras” empresas e casas de Valongo e Baltar.
Nesse comunicado a PJ recordava, a propósito desta detenção, que tem sido “noticiado o caso do incêndio que vitimou dezenas de animais, num abrigo em Agrela [concelho de] Santo Tirso”, o qual “teve origem em Valongo”.
“Pelo que a imputação [ao suspeito] de também esta ignição está a ser avaliada pela investigação”, lia-se no comunicado da PJ que descreve ter detido o suspeito em flagrante, estando este indiciado por mais de três dezenas de incêndios florestais, ocorridos na zona de Sobrado, em Valongo, bem como em Baltar, concelho de Paredes.
Norberto Martins admitiu como “possível” a tese de que o homem detido hoje, um eletricista com antecedentes policiais, terá sido o autor do fogo que atingiu dois abrigos para animais localizados em Santo Tirso, no distrito do Porto, que, a 18 de julho vitimou 73 animais, situação que já levou à abertura de um inquérito pelo Ministério Público e à contestação sobre a atuação das autoridades de socorro.
No entanto, o diretor da Diretoria Norte da PJ procurou sublinhar que a investigação está em curso.
“Mas a investigação é difícil e complexa (…). Estamos convencidos de que terá sido ele, mas carece de outros elementos para consubstanciar a nossa suspeita”, disse o diretor, que falava nas instalações do Porto da PJ ao lado de Pedro Silva, coordenador da Secção de Investigação de Crimes contra o Património e Vida em Sociedade (departamento que investiga crimes de incêndio, adulteração de veículos automóveis e roubo de obras de arte sacra, entre outros).
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