Região
Piromaníaco de Cantanhede usa “artefactos que se acionam por chama, dando origem mais tarde ao incêndio”
“Um homem, de 38 anos, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ), na madrugada desta sexta-feira, 4 de agosto, por suspeitas de ter provocado sete incêndios florestais no concelho de Cantanhede entre os meses de maio e agosto deste ano”, anunciou o diretor da PJ do Centro.
O suspeito, com artefactos preparados para retardarem a ignição, terá ateado incêndios em zona de vasta mancha florestal nas freguesias de Cadima, S. Caetano e Pocariça.
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Questionado quais os artefactos pirotécnicos utilizados, Jorge Leitão apenas respondeu que são “artefactos que se acionam por chama, dando origem mais tarde ao incêndio, já sem a presença do suspeito”.
A maior parte das ignições ocorreram durante a noite.
Segundo o diretor da PJ da Centro o detido “reside na zona, está desempregado e não tem antecedentes criminais”.
As motivações da atuação do suspeito, que colocou em perigo a integridade física e a vida de pessoas, habitações e a grande mancha florestal, “ainda estão a ser averiguadas”, disse.
O detido vai ser presente, este sábado, 5 de agosto, às autoridades judiciárias competentes para o primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.
A detenção resultou da estreita estreita colaboração e articulação entre a PJ e o Grupo de Trabalho para a Redução das Ignições em Espaço Rural – Zona Centro e do Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Cantanhede.
Nestas investigações de incêndios dolosos, conduzidas pela Diretoria do Centro, foi “igualmente relevante o apoio tecnológico do grupo de trabalho”, composto pela PJ, GNR e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), bem como as inspeções, validações e recolha de informação, efetuadas pelo NPA/SEPNA da GNR.
Veja o vídeo da conferência de imprensa com Jorge Leitão e Armando Videira:
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