Coimbra
Petição lançada em Penacova apela à anulação do encerramento das Finanças
Um grupo de pessoas de Penacova lançou uma petição contra o encerramento da Repartição de Finanças do concelho, previsto na alegada reorganização dos serviços de Finanças divulgado em outubro, anunciou hoje a comissão promotora.
Segundo Eduardo Ferreira, um dos promotores, o eventual encerramento deste serviço vem “criar muitas dificuldades aos cidadãos e às empresas instaladas no município, prejudicando a atividade económica”.
A petição, lançada há cerca de duas semanas, apela à anulação da decisão de encerramento da repartição de Finanças no concelho, por entender “que o encerramento deste e de outros serviços públicos deixa mais isoladas as populações do concelho de Penacova”.
“O seu encerramento prejudica a atividade económica do concelho, trazendo novas dificuldades às famílias e às empresas aqui instaladas. Nenhuma linha telefónica ou ‘call center’ substitui o balcão de atendimento aos contribuintes quando estes se sentem vítimas”, lê-se no documento.
De acordo com o mapa da alegada reorganização dos serviços de Finanças, divulgado no dia 07 de outubro pelo Diário de Notícias com base em cruzamento de dados, nomeadamente do Sindicato dos Trabalhadores dos Imposto, vão encerrar no distrito de Coimbra as repartições de Arganil, Condeixa-a-Nova, Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Góis e Mira.
Eduardo Ferreira considera o encerramento de serviços públicos no país um “ataque miserável e um desrespeito pelo povo por parte do Governo, que apenas se interessa pelos impostos arrecadados sem cuidar dos interesses dos cidadãos”.
“O encerramento de serviços públicos é um recuo da nossa civilização, que vai demorar muitos anos a recuperar”, salientou à agência Lusa, frisando que se trata de um “abandono do país e das regiões mais desfavorecidas”.
A comissão promotora, que nasceu de um grupo de comerciantes, de um escritório de advogados, de um serviço público e de alguns particulares, vai ser alargada a outras empresas, instituições públicas, Instituições Particulares de Segurança Social e coletividades, numa reunião que se realiza na segunda-feira, pelas 18:30, no café/restaurante das piscinas de Penacova.
O objetivo é conseguir até ao final do ano as quatro mil assinaturas necessárias para levar o assunto a discussão na Assembleia da República.
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