Câmaras

Pequenas câmaras querem diálogo com Governo para impedir fecho de serviços

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 26-11-2013

Representantes de 21 câmaras municipais, hoje reunidos em Castelo de Paiva, disseram estarem prontos para iniciar com o Governo “um diálogo construtivo” que impeça o encerramento de serviços públicos naqueles territórios.

“Estamos numa postura de que estes serviços públicos devem continuar a funcionar, mas disponíveis para encontrar as melhores formas de o garantir”, defendeu o presidente da Câmara de Castelo de Paiva, Gonçalo Rocha, anfitrião do encontro.

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Nos trabalhos participaram os presidentes das câmaras de Castelo de Paiva, Caminha, Ponte da Barca, Resende, Sever do Vouga, Cinfães, Pedrógão Grande, Mealhada, Santa Marta de Penaguião, Castro Daire, Vinhais, Mondim de Basto, Arouca, Baião, Miranda do Douro, Penacova, Cabeceiras de Basto, Murtosa e Arganil. O município de Avis esteve representado pelo vice-presidente.

Falando ao jornalistas, o autarca de Castelo de Paiva sublinhou que a reunião dos autarcas permitiu que concelhos “com pouca expressão e população tenham uma voz mais forte e audível junto do Governo”.

“Juntos somos mais fortes”, vincou.

Para Gonçalo Rocha, o porta-voz daquela reunião, todos os representantes das autarquias concordaram com a necessidade de serem criadas condições que impeçam o encerramento de serviços públicos nos concelhos do interior e em alguns municípios mais pequenos do Litoral.

O encontro de hoje foi desencadeado depois de terem surgido notícias que apontam para o possível encerramento de várias repartições de finanças em cerca de 150 municípios do país. Os respetivos autarcas foram convidados a participar na reunião pelo presidente da Câmara de Castelo de Paiva.

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“As finanças, o tribunal e outros serviços têm de ter um rosto, tem de ter presença física junto das populações”, sublinhou Gonçalo Rocha, acrescentando: “Sem serviços públicos a funcionar é a descaracterização completa e o quase acabar com os municípios”.

O autarca de Castelo de Paiva disse acreditar que os presidentes das câmaras que representam as populações dos concelhos para onde se admite o encerramento de serviços públicos, como as finanças, os tribunais e os balcões da segurança social, serão capazes de adotar uma posição comum, nomeadamente “denunciar a política de corte cego, sem um diálogo franco e aberto de concertação”.

Por isso, defendeu, os encontros entre os vários autarcas deve prosseguir para reunir uma posição comum e “eventualmente formar uma comissão” para dialogar com o Governo.

“Este encontro tem assumido um contorno de grande pertinência, porque temos tido a oportunidade de partilhar as preocupações de cada município”, acentuou ainda, aludindo à forte mobilização dos autarcas.

 

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