Região

Penacova contrai empréstimo de 820 mil euros face à revisão de preços em obras

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 28-10-2022

A Câmara de Penacova vai contrair um empréstimo de cerca de 820 mil euros para fazer face à revisão de preços de quatro empreitadas em curso ou já concluídas naquele concelho, afirmou hoje o presidente do município.

Depois de a proposta de autorização prévia de um empréstimo de médio e longo prazo ter sido aprovada na Câmara Municipal e em Assembleia Municipal, a minuta do contrato foi aprovada na quinta-feira, em reunião do executivo, disse à agência Lusa o presidente daquele município do distrito de Coimbra, Álvaro Coimbra.

“Houve um aumento das matérias-primas. Como queremos cumprir as nossas obrigações e não tínhamos esse dinheiro, decidimos contrair o empréstimo para honrar os compromissos”, explicou o autarca, realçando que a revisão de preços das quatro empreitadas criou um valor que não estava cabimentado no Orçamento da Câmara para 2022.

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A reabilitação da estrada de acesso a Carvalho, concluída em julho, ficou 280 mil euros mais cara do que o preço inicial previsto, a empreitada do Centro Educativo de Figueira do Lorvão, que deverá abrir no início de 2023, ficou 289 mil euros mais cara, a transformação do antigo tribunal em Casa das Artes, que deverá estar concluída no primeiro trimestre de 2023, teve um aumento de custos de 190 mil euros, e as obras de requalificação da entrada da vila de São Pedro de Alva cresceram 60 mil euros.

“Esta conjunta terrível, com aumento das taxas de juro, a inflação e o aumento da energia, faz aumentar os custos da Câmara em centenas de milhares de euros”, realçou.

Para Álvaro Coimbra (PSD), este “é um esforço financeiro muito forte”.

O autarca criticou a ausência de apoios por parte do Governo aos municípios, face ao contexto muito difícil que atravessam para cumprir todas as suas obrigações.

Para 2023, face a todos estes constrangimentos, o Orçamento Municipal será “de muita contenção”, apontou, antevendo também um critério “mais apertado” em relação aos projetos que este executivo queria apresentar no contexto do próximo quadro comunitário.

“De uma dezena de projetos pensados, teremos que apertar a malha e retirar alguns”, salientou.

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