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Peixeira Rosa Amélia em choque com morte de Marco Paulo: “Corri o mundo inteiro e nunca vi um sorriso como o dele”

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 7 horas atrás em 24-10-2024

De nome Rosa Amélia, é a peixeira mais famosa na Figueira da Foz. Hoje, a mulher com 79 anos, recorda como era Marco Paulo que morreu esta quinta-feira, 24 de outubro.

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Atrás desta figura emblemática figueirense consegue ver-se um pequeno altar em homenagem ao cantor. Vêem-se itens associados ao artista como um livro que comemora 50 anos de carreira, fotos e anjos da guarda, uma vez que era um homem com muita fé e devoto a Nossa Senhora.

Rosa Amélia é aficionada pelo cantor. Relembra, com emoção, como era João Simão (nome verdadeiro do artista). “A minha neta telefonou-me pelas 7:30, já estava acordada e tinha a televisão ligada na SIC, mas já tinha visto no Facebook, estava a espera de ver na tv”, confessa.

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“Quando o Zé Figueiras dá a notícia fiquei em choque, foi um irmão que desapareceu na minha vida, um amigo”, frisa.

A amizade entre os dois já vai em 40 anos: “Uma amizade fácil, conheci-o a cantar em Alenquer e foi das vozes que me encantou […] Quando ouvi o Marco, aquela voz timbrou em mim. As músicas, a voz, a pessoa, a maneira dele”, relembra.

Rosa Amélia diz ainda como conheceu João Simão da Silva. “Um dia cheguei até ele, em Lisboa. Tanto andei que descobri onde vivia. Atendeu-me. Abriu o portão e disse-lhe ‘meu querido vim de propósito conhecer-te. Sou fã e não te quero perder”, afirma com um sorriso nos lábios ao lembrar o amigo.

Recorda ainda as últimas vezes que falou com Marco Paulo. “Foi no ano passado, na altura do São João, fui a casa dele e levei cabazes de sardinha para assar para a malta do programa ‘Alô Marco Paulo’.

Na memória da peixeira fica o “brilho daquela cara linda e aquele sorriso que nunca vi na vida. Corri o mundo inteiro e nunca vi um sorriso como o dele”, afiança. “Ele adorava-me por eu ser uma peixeira revolucionária”, sublinha.

“Falei com ele há 15 dias e não gostei da voz dele. Disse-me que estava cansado, a perder as forças e que tinha dores no corpo”, conta.

Mas no sábado passado algo inquietou Rosa Amélia. Tentou ligar para o amigo mas ia sempre para o voice-mail. Pressentiu que algo de mal se avizinhava. “Senti logo que algo se passava. Deixei cair uma garrafa de azeite que se partiu…Não gostei da garrafa de azeite partida. Quando eu parto pego num bocado de sal e faço uma cruz. Azeite é azar venha ele de onde venha” e o “vidro não é bom. É choque”, diz.

Desgostosa, a peixeira fica com pena de não ter tido um último encontro com o amigo. “Tinha ficado combinado ele vir a minha casa nos meus anos [dezembro]”, mas tal não chegou a acontecer.

“O meu coração está cinzento neste dia, quero guardar tudo do Marco Paulo. Perdi o meu marquito”, termina.

Veja o vídeo do NDC:

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