Coimbra
Pedro Saraiva diz que Metro merece apoio comunitário porque é “absolutamente vital” para Coimbra
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Pedro Saraiva, disse hoje que o metro “é um projeto absolutamente vital” para o distrito de Coimbra, devendo as obras ser concluídas com apoios comunitários.
“Há uma sintonia forte entre o que é esta nossa reflexão de escala regional e as próprias políticas europeias no que diz respeito ao futuro da política de cidades no espaço da União Europeia”, salientou Pedro Saraiva em declarações à agência Lusa.
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As obras do empreendimento de mobilidade ferroviária concebido pela sociedade Metro Mondego (MM) começaram há quatro anos no Ramal da Lousã, sem financiamento comunitário, por iniciativa do último Governo de José Sócrates, que as mandou suspender algum tempo depois.
Pedro Saraiva recordou que o projeto, na perspetiva da sua candidatura à programação financeira da União Europeia de 2014 a 2020, está a ser avaliado pelo grupo de trabalho criado pelo Governo para “identificar o que devem ser as apostas do ponto de vista das acessibilidades e infraestruturas para Portugal”, naquele período.
A CCDRC, “em estreita articulação com todos os agentes da região de Coimbra”, está a fundamentar em termos técnicos o projeto da MM, “absolutamente vital para a região de Coimbra”, segundo Pedro Saraiva.
“É reconhecidamente um projeto estruturante de mobilidade urbana sustentável para a região de Coimbra. Nós identificamo-nos com essa posição de princípio que nos tem sido transmitida” pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, referiu.
Defendendo que importa “dar continuidade à intervenção que ficou interrompida”, no ramal ferroviário da Lousã, viajando agora os utentes de autocarro, desde finais de 2009, o presidente da CCDRC disse que a obra “deve, naturalmente, ser enquadrada em sede de programas operacionais temáticos nacionais”, tendo em conta a sua dimensão.
Em termos de programação, o metro ligeiro, projetado para a ferrovia Coimbra B – Serpins (Lousã) e para a cidade de Coimbra, integra-se “no essencial do que são as apostas das acessibilidades e transportes” do país para os próximos anos.
Fornecendo ao grupo de trabalho os “documentos técnicos” necessários a uma avaliação do sistema de mobilidade em causa, a CCDRC espera que o metro de Coimbra “venha a ser reconhecido” e a beneficiar “de apoio através de fundos estruturais”, afirmou Pedro Saraiva.
“Estamos esperançosos de que venha a ter o devido seguimento em termos de ser um projeto a consolidar, ainda que faseadamente”, adiantou, preconizando “uma decisão justa em relação à continuidade” das obras, na ferrovia e na área urbana de Coimbra.
Pedro Saraiva, que concorda com a avaliação do projeto no âmbito da programação financeira nacional, disse que “os próprios promotores estão conscientes de que essa pode ser uma via de solução, mas com uma evolução rápida”, por fases, entre 2014 e 2020.
Na semana passada, o presidente da Câmara de Coimbra, o socialista Manuel Machado, propôs a fusão dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos da cidade (SMTUC) com a MM, como esforço municipal para uma candidatura aos fundos estruturais.
“É mais um contributo válido e positivo”, comentou hoje o presidente da CCDRC.
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