Desporto
Pedro Proença diz que processo que envolve Mário Costa “é um caso de polícia”
O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, considerou hoje que o processo que envolve Mário Costa, antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do organismo, “é um caso de polícia”.
Pedro Proença, que discursava na Assembleia Geral ordinária, no Porto, para votação do plano de atividades e orçamento para a época 2023-24, referia-se ao alegado envolvimento de Mário Costa num esquema de tráfico de seres humanos.
“Enquanto eu for presidente da Liga Portugal, um momento como este não se repetirá”, assegurou Pedro Proença, em declarações divulgadas no site da LPFP, garantindo que nenhum membro do organismo que dirige conhecia a academia BSports e o envolvimento da mesma com Mário Costa.
Além disso, o presidente da LPFP destacou ainda a celeridade no processo que levou à renúncia de Mário Costa, que entretanto foi substituído na presidência da MAG por José Gomes Mendes.
“Nunca existiram, por isso, dúvidas na minha mente desde o primeiro minuto: Mário Costa teria de renunciar, de imediato, ao cargo de presidente da Mesa da Assembleia Geral. E essa foi, desde a manhã daquela segunda-feira, a minha única preocupação”, disse.
Pedro Proença adiantou que, ao longo dos dois dias seguintes, por todos os meios ao seu alcance, procurou sensibilizar Mário Costa para o facto de “a sua renúncia imediata ser a única forma de defender os interesses, a reputação e a credibilidade da Liga Portugal”.
“E perante a demora na tomada pública de uma posição, agendei uma reunião de urgência com os presidentes dos três órgãos sociais da Liga. Uma reunião em que, como sabem porque disso informei todos os clubes, estávamos – eu e os presidentes do Conselho Jurisdicional e do Conselho Fiscal – alinhados em renunciarmos aos nossos mandatos caso Mário Costa não renunciasse de imediato”, acrescentou.
Pedro Proença adiantou que “foi assim que, apenas 48 horas depois das primeiras notícias, Mário Costa renunciou ao cargo de presidente da Mesa da Assembleia Geral”.
Em causa está a investigação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) a Mário Costa e à academia de futebol à qual está ligado, em Riba D’Ave, concelho de Famalicão, distrito de Braga, por suspeitas de tráfico de seres humanos.
A Procuradoria-Geral Regional do Porto especificou em 17 de junho que foram 33 os menores retirados da academia de futebol, tendo ainda outros adultos sido encaminhados para unidades de abrigo.
Em nota publicada na sua página, aquela procuradoria referiu que os menores foram retirados após intervenção articulada das entidades competentes e “por se encontrarem em situação de perigo”.
Segundo fonte do SEF, foram identificados 114 futebolistas, oriundos de América de Sul, África e Ásia, e estarão todos em situação irregular no país.
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