Economia

Défice: Pedro Nuno Santos diz que alerta de Centeno é para “levar muito a sério”

Notícias de Coimbra com Lusa | 16 minutos atrás em 14-12-2024

 O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, defendeu hoje que é preciso “levar muito a sério” o alerta do governador do Banco de Portugal sobre a possibilidade de haver défice em 2025, porque “sabe do que fala”.

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“Acho que devemos levar muito a sério aquilo que diz o governador do Banco de Portugal (BdP)”, afirmou o líder do PS, em declarações aos jornalistas, em Évora, à margem da sessão de apresentação de candidatos do partido no distrito de Évora às eleições autárquicas de 2025.

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O secretário-geral socialista argumentou que o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, “é alguém com uma grande respeitabilidade, tem um histórico muito positivo, tem resultados” que “são reconhecidos em toda a Europa e em Portugal”.

“Portanto, devemos dar muita atenção àquilo que diz” Mário Centeno, porque, “quando ele fala, sabe do que fala”, afiançou.

Questionado sobre se está pessimista ou otimista em relação às previsões económicas para o próximo ano, Pedro Nuno Santos contrapôs: “Eu acho que temos que ser realistas”.

“Temos que ouvir todas as pessoas e instituições e o BdP é uma instituição muito importante e, portanto, temos que levar mesmo a sério aquilo que diz um governador do Banco de Portugal”, insistiu.

Na sexta-feira, o Banco de Portugal estimou que o país vai regressar a uma situação deficitária em 2025, com um défice de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), o que contraria as projeções do Governo de um excedente orçamental.

No mesmo dia, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse que o “tira-teimas” sobre as previsões do BdP só acontecerá no final de 2025, altura em que se verá se o Governo foi mais otimista do que o governador daquela instituição.

Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações em Lisboa, afastou hoje preocupação com a possibilidade de haver défice em 2025 e disse que o governador do Banco de Portugal, desde ministro, sempre foi “muito exigente” e defensor de que “mais vale prevenir”.

Em Évora, o secretário-geral do PS foi também questionado pelos jornalistas sobre as próximas presidenciais e, em concreto, sobre a entrevista que deu à CM Rádio, na sexta-feira, mas Pedro Nuno Santos escusou-se a falar dessas eleições.

“Nós ainda não estamos em tempo de discutir presidenciais”, disse, sublinhando que não se pode “estar um ano, todos os dias, a falar de presidenciais”.

Na entrevista à CM Rádio, o líder socialista afirmou que o almirante Henrique Gouveia e Melo “teve uma missão [a da vacinação] e cumpriu-a com sucesso”, mas considerou que “saltar dessa missão para a Presidência da República é um salto muito grande” e ser chefe de Estado “é muito mais do que liderar uma missão com sucesso”.

Perante a insistência dos jornalistas, Pedro Nuno Santos argumentou ter-se deslocado a Évora para apresentar os candidatos autárquicos do partido e reiterou que, antes das presidenciais, ainda vão decorrer as eleições autárquicas.

“Não quero estar a falar todos os dias sobre o mesmo tema”, limitou-se a referir, sobre as presidenciais.

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