Opinião
Pedro Nuno “nas cordas”
“Em política, o que parece é”, advertiu o antigo primeiro-ministro António de Oliveira Salazar (falecido em 1970).
Vem isto a propósito do desastrado desempenho do líder do PS, Pedro Nuno Santos, nos dias que precederam a entrega ao Parlamento, feita pelo Governo, da proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2025.
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Se o primeiro-ministro aceitou os reparos do Partido Socialista acerca da proposta do Executivo em matéria de IRS para jovens, sendo que Luís Montenegro até concede ter havido com isso melhoria da mesma, cabe a Pedro Nuno Santos anunciar a viabilização do OE mediante abstenção do PS. Fazer tardar o anúncio consiste num exercício de masoquismo (assente em autoflagelação).
O homem de pose frequentemente postiça, a quem António Costa obrigou a dar o dito por não dito acerca de uma prometida medida atinente ao futuro aeroporto, mina a sua credibilidade em cada hora que passa sem uma tomada de posição resoluta sobre a proposta do OE.
Por mais razão que possa ter o líder do PS, isso de nada vale se a aprovação do OE na Assembleia da República ocorrer por conta de votação favorável do Chega.
Que aja assertivamente, e com celeridade, é o que reclamo de Pedro Nuno Santos, pois na sua vida política talvez não volte a contar com a oportunidade de ter “razão antes do tempo”.
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