O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, defendeu hoje que a vitória do PSD nas legislativas significaria manter a instabilidade em Portugal, alegando que o país teria um primeiro-ministro “permanentemente ensombrado” por suspeitas.
“A ética é uma dimensão importante, mas a dimensão da estabilidade também. Se, no limite, Luís Montenegro vencesse as eleições, nós teríamos um primeiro-ministro permanentemente ensombrado por suspeitas e por dúvidas e portanto a instabilidade manter-se-ia em Portugal”, disse Pedro Nuno Santos aos jornalistas à margem de uma visita à Futurália, em Lisboa.
O líder do PS defendeu que esse é um ponto central na atual situação política, considerando é preciso assegurar que, depois das eleições legislativas de 18 de maio, Portugal vai ter “estabilidade e não um primeiro-ministro que continuará ensombrado com suspeitas graves” que, disse, não se resolvem com atos eleitorais.
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“Há quem diga que os portugueses não ligam à ética. Eu cá acho que ligam. A dimensão ética é importante, mas tão importante como ela, é a dimensão da estabilidade”, defendeu.
Sobre a presença nas listas do PSD de Hernâni Dias, antigo secretário de Estado que se demitiu devido a uma polémica com uma empresa imobiliária, Pedro Nuno Santos não mostrou qualquer surpresa.
“Se Luís Montenegro também está por que é que Hernâni Dias não haveria de estar?”, perguntou.
Questionado sobre as listas do PSD e a presença de vários ministros, o líder do PS escusou-se a comentar em detalhe estas escolhas.
“Acho que foram maus ministros e portanto também não vão ser bons deputados. Nós não ganhamos nada com a presença de vários deles nas listas, mas isso é o PSD que se tem que responsabilizar pelas suas escolhas e serão depois confrontados depois com o voto”, disse.
Quanto à polémica sobre os debates televisivos, Pedro Nuno Santos recordou que, através das redes sociais, já te tinha criticado o que defendeu ser “um traço que caracteriza Luís Montenegro”, ou seja, “fugia dos jornalistas, fugia das respostas e agora foge dos debates”.
“Temos um primeiro-ministro que acha que pode fugir ao debate e isso é grave. Nós não aceitamos, mas nós não vamos fugir aos debates. Não vamos fazer o mesmo que Luís Montenegro. Luís Montenegro quer evitar, quer fugir de alguns debates difíceis para ele”, condenou.
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