Política
Pedro Nuno ataca “discurso de ódio” e acusa André Ventura de tentar manipular o povo
O secretário-geral do PS acusou sexta-feira à noite a extrema-direita de fazer o “discurso do ódio” e o presidente do Chega de tentar manipular o povo ao explorar descontentamentos com o único objetivo de ter poder.
Pedro Nuno Santos assumiu estas posições contra André Ventura no final de uma sessão no Bairro Alto, em Lisboa, em que a JS apresentou o seu manifesto para as eleições legislativas de 10 de março.
“Nós não ignoramos os problemas que a juventude em Portugal ainda enfrenta e é com humildade que nos confrontamos com esses problemas. Governámos oito anos, mas não vamos passar a nossa campanha só a falar dos resultados que atingimos. Com empatia, com humildade, temos de falar sobre o que ainda falta resolver”, começou por declarar o líder socialista.
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A seguir, perante uma plateia de jovens, deixou uma série de advertências sobre o tipo de debate que está a ser travado nesta pré-campanha para as eleições legislativas.
“Há duas formas muito diferentes de reagirmos à insatisfação e uma delas é aproveitar o descontentamento, transformando-o em ódio: Ódio em relação àquilo que é diferente; ódio em relação às minorias; ódio para com os políticos; ódio para com os outros. Esta é uma forma de aproveitar o descontentamento, aliás na senda de uma sociedade individualista em que cada um só pensa em si”, sustentou.
Pedro Nuno Santos especificou então que a extrema-direita, “nomeadamente o Chega”, quer tratar o descontentamento e a insatisfação “com uma estratégia muito conhecida do forte perante os fracos e do fraco perante os fortes”.
“É essa a característica da ação de André Ventura, um homem que se quer apresentar como antissistema, quando a única coisa que ele quer é usar o povo, manipular o povo para ser na realidade mais um igual aos piores políticos do sistema. André Ventura não quer mudar nada. A única coisa que quer é poder, enganando as pessoas”, considerou.
O secretário-geral do PS rejeitou um modelo de sociedade individualista e de promoção da divisão entre cidadãos, defendendo em contraponto o valor da cooperação.
Para Pedro Nuno Santos, a alternativa “é usar a política para transformar e para promover a cooperação, porque os problemas de uns são os problemas de todos”.
“Nós somos verdadeiramente fortes quando somos capazes de nos unir, aceitando o outro. Queremos uma sociedade em que crescemos em conjunto, em que resolvemos os problemas individuais em conjunto. Esta é a nossa forma de encarar a vida”, acrescentou.
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