A candidatura de Pedro Machado à Câmara Municipal da Figueira da Foz desafiou hoje os figueirenses a pensarem por que razão o concelho chegou a ter 10 praias com galardão de “Qualidade de Ouro” e este ano resta apenas uma, num processo de perda de qualidade que classifica como “preocupante”.
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“As bandeiras azuis são importantes, pois elas correspondem a uma série de critérios e disponibilidade de serviços e pouco nos dizem sobre questões ecológicas e de qualidade da água. Já o galardão Qualidade de Ouro revela mais sobre a qualidade e segurança dos banhistas e frequentadores das praias”, revela o candidato do PSD, lembrando que “quem o atribui não é o estado em Lisboa, como acontece com a Bandeira Azul, mas sim a Quercus, que é uma associação ambientalista independente”.
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Em comunicado enviado a NDC, Pedro Machado diz que, “De acordo com os critérios definidos em 2021 pela Quercus, para receber a classificação de “Praia com Qualidade de Ouro” têm de ser respeitados alguns parâmetros, nomeadamente a qualidade da água “excelente” nas últimas cinco épocas balneares (de 2016 a 2020), além de na última época balnear não ter ocorrido qualquer tipo de ocorrência/aviso de desaconselhamento da prática balnear, proibição da prática balnear e/ou interdição temporária da praia”.
Acrescenta que todas as análises realizadas na época balnear de 2020 devem ter resultados melhores que os valores definidos para o percentil 95 do anexo I da Diretiva relativa às águas balneares. Este ano, a Quercus atribuiu no país galardão a 329 praias, mais 9 do que em 2020, mas o concelho da Figueira foi dos que mais perdeu, passando de dez para apenas uma.
Isso demonstra que, nos últimos anos, o executivo PS não conseguiu manter a qualidade da água e das praias de que nos orgulhámos durante décadas e das 10 praias que tinham condições para receber esta bandeira de qualidade da Quercus, resta agora apenas uma, conclui o candidato.
“Temos defendido que a Figueira da Foz precisa de se relacionar melhor com a sua costa. As praias têm de melhorar a qualidade e não piorar, como é evidente que aconteceu. E na zona ribeirinha, temos de conseguir mudar o paradigma, retirando dali os serviços portuários comerciais que podem ir para a outra costa e criando uma verdadeira oportunidade de requalificação urbana”, esclarece Pedro Machado.
Segundo o também presidente da Região de Turismo do Centro de Portugal, “não podemos falar em futuro para a Figueira da Foz se não tratarmos daquilo de que mais nos podemos orgulhar com mais cuidado e tratar bem os que cá vivem, devolvendo-lhes a zona ribeirinha”.
A candidatura de Pedro Machado aaproveita para frisar que “a zona que deve ser alvo de intervenção urbana e que pode melhor servir quem vive na Figueira da Foz, mas também quem a visita”.
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