O presidente do conselho de administração da Águas de Coimbra considerou hoje que as medidas do Governo no setor da água têm como “pano de fundo a privatização” e que são “lesivas” para os cidadãos.
Pedro Coimbra criticou a lei que foi publicada a 06 de março e que “atribui competências à Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos na fixação de tarifas”, o que “contraria a legítima responsabilidade dos municípios”.
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Para o responsável da empresa municipal, que falava à agência Lusa a propósito do Dia Mundial da Água, a fixação de tarifas “deve ser uma competência dos municípios”, alertando para a possibilidade de “se definir uma tarifa substancialmente superior, que prejudica os cidadãos”.
A possibilidade de fusão dos sistemas de água do Mondego, Ria e Lis, também é encarada por Pedro Coimbra como “uma tentativa de eventual privatização”, considerando que aquela decisão levaria a “uma penalização para os cidadãos de Coimbra”.
“As políticas no setor são lesivas para as empresas de capital público, como esta”, criticou, referindo que a água “tem de ser entendida como um bem público”, não podendo ser usada como “um bem comercial transacionável e com perspetiva de gerar lucro”.
A empresa municipal Águas de Coimbra irá comemorar hoje o Dia Mundial da Água com uma exposição de “um fotógrafo que é colaborador da empresa”, João Almeida, e com um “workshop” para crianças entre os cinco e os 13 anos, no Museu da Água.
O Museu da Água celebra também o seu sétimo aniversário, contando, desde a sua criação, com “85 mil visitas gerais e 47 mil visitas de crianças em oficinas pedagógicas”, sublinhou.
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Em 2013, o espaço registou 9.500 entradas gerais e mais de sete mil entradas de crianças.
A empresa municipal, que é responsável pelo espaço, pretende “aumentar o número de visitas”, estando neste momento a “pensar em novas parcerias com diversas entidades” para um melhor aproveitamento não só do museu, mas também do Parque Manuel Braga, onde este se situa.
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