Política

Pedro Adão e Silva diz desconhecer “generalização de precariedade” na Lusa

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 09-11-2022

O ministro da Cultura disse hoje desconhecer situações generalizadas de precariedade da Lusa, mas disse estar “interessado em conhecê-los” e instou o Chega, que questionou o governante sobre isso, a fazer “chegar os casos concretos”.

Pedro Adão e Silva falava no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), na comissão parlamentar conjunta de Economia e Finanças e de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

Na sua intervenção, o deputado do Chega Pedro Pinto questionou o ministro da Cultura sobre a precariedade de jornalistas na agência de notícias.

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A agência Lusa “tem uma dupla tutela, nós temos acompanhado muito aquilo que se tem passado na agência Lusa, tem um plano de atividades aprovado e não tenho relatos desses casos que o senhor deputado dá conta com essa extensão”, começou por dizer o governante.

“Mas estou interessado em conhecê-los, não é essa a realidade que me reportam da agência Lusa, portanto se o senhor deputado tem tanto conhecimento essa generalização de precariedade da agência Lusa eu peço-lhe que me faça chegar os casos concretos”, instou Pedro Adão e Silva.

No seguimento, o deputado do Chega referiu que há jornalistas da Lusa “sem atualização de avenças”, apontando que há “correspondentes [que] há mais de 10 anos que essas avenças não são atualizadas”.

E acrescentou: “Posso dizer também que faltam jornalistas também na agência Lusa, particularmente nas redações e até inclusive espalhados por todo o país”.

O deputado do Chega referiu ainda que também há falta de jornalistas na RTP, questionando qual vai ser o investimento em mais profissionais na estação pública, dando o exemplo que o partido se depara com “a desculpa” da estação pública de que “faltam equipas para fazer a cobertura” dos eventos do partido.

Em resposta, o ministro recordou que o Governo “tem apenas um acompanhamento muito coordenado naquilo que são as questões de gestão da RTP”, referindo que as decisões competem ao Conselho de Administração do grupo público.

“Era a resposta que esperava? Ainda bem que esperava esta resposta”, disse Pedro Adão e Silva, dirigindo-se ao deputado.

Porque “a resposta alternativa era uma intromissão do poder político nas opções de gestão e de escolha de quantos correspondentes é que iam cobrir”, sublinhou, aconselhando os deputados do Chega, que têm crescido como grupo parlamentar, que “convém” que façam “um pouco o trabalho de casa para além do Wikipedia”,

A administração da RTP é escolhida pelo Conselho Geral Independente (CGI), tendo o ministro reforçado isso durante a sua intervenção.

“Isto é uma coisa positiva”, acrescentou.

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