Saúde
Pedopsiquiatria é a especialidade com mais mulheres em Portugal
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) aproveiou o Dia da Mulher para assinalar os dados mais recentes sobre o papel das mulheres na Medicina em Portugal.
De acordo com a análise estatística, elaborada a partir do número de inscritos na Ordem dos Médicos, 53 % dos médicos no nosso País são mulheres. Considerando outra variável, dois terços dos médicos com menos de 40 anos são do sexo feminino.
A presença da mulheres na medicina é a tendência atual que se firma a cada ano.
“Hoje o mundo da medicina é maioritariamente das mulheres”, assinala o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes.
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E há especialidades em Portugal onde, neste momento, essa tendência crescente é significativa. A título de exemplo: Psiquiatria da Infância e Adolescência (76 por cento), Imunohematerapia (73 por cento), Pediataria (68 por cento), Anestesiologia (67 por cento), Patologia Clínica, Radioncologia, (66 por cento), Cardiologia Pediátrica (63 por cento), Anatomia Patológica (62 por cento), Ginecologia/Obstetrícia (61 por cento), Medicina Geral e Familiar (60 por cento).
Carlos Cortes especifica as diferenças, nalguns casos muito marcantes, nas preferências para a especialização. Neste momento, “exercem a especialidade de Urologia apenas três por cento de mulheres médicas; na especialidade de Ortopedia apenas nove por cento das mulheres exercem esta área”. Uma outra especialidade predominantemente masculina é a cardio-torácica: “apenas nove por cento é exercida por mulheres”.
Ao divulgar estes dados, durante a inauguração da exposição temática dedicada à primeira cirurgiã portuguesa Carolina Beatriz Ângelo – patente no Clube Médico, em Coimbra, até 3 de maio – Carlos Cortes, deu ainda nota de que “na cirurgia geral, 25 por cento dos profissionais desta especialidade são mulheres”.
Na região Centro, as mulheres que seguem a vocação da Medicina mantém a tendência verificada a nível nacional. Eis alguns dados estatísticos: Psiquiatria da Infância e Adolescência (76 por cento), Anatomia Patológica (75 por cento), Radioncologia (74 por cento).
No fundo da tabela, tal como a nível nacional, estão as especialidades de Ortopedia (apenas 10 por cento são mulheres), Cirurgia Cardio-Torácica (sete por cento são mulheres) e Urologia (três por cento dos especialistas desta área são mulheres”.
Durante a sessão de inauguração da exposição temática dedicada à primeira cirurgiã portuguesa, Carolina Beatriz Ângelo, Carlos Cortes, enalteceu as mulheres pioneiras em Portugal nesta vocação profissional. Um século mais tarde, a feminização da classe médica é uma realidade.
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