Portugal

“Pedem restos de carne num talho” para sobreviverem

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 dias atrás em 08-10-2024

Um homem, de 55 anos, e a companheira, de 49, estão desesperados por não terem condições em casa.

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“Chove na sala da casa alugada, cheia de humidade, […] não têm televisão e o frigorífico está vazio. Pedem restos de carne num talho e dependem de um cabaz social da autarquia”, descreve o Correio da Manhã a situação daquela família de Famalicão.

Na habitação, da qual não conseguem pagar a renda há mais de um ano, vive ainda uma menina de 13 anos, filha da mulher. Podem ser despejados pelo senhorio a qualquer momento, revela o jornal.

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“Temos de colocar baldes e alguidares no chão para as pingas da chuva. Aqui, às vezes, parece um lago. Ficamos com os pés todos molhados. Até plásticos temos de colocar em cima do sofá por causa de chover na sala”, contou Joaquim, que, com a mulher, Sandra, pede ajuda para ter uma casa digna para viverem os três.

“Queria dar melhores condições à menina. Por o dinheiro não chegar para tudo, já nos cortaram a luz e a menina, à noite, tinha de estudar com uma lanterna. Felizmente tivemos a ajuda de uma vizinha”, disse ainda.

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O único sustento da casa da mulher que ganha 500 euros nas limpezas de um hipermercado. “A renda são 280 euros, medicamentos para mim, 250 euros, luz e água, 60 euros/mês. Há mais de um ano que não conseguimos pagar a renda. Muitas vezes nem dinheiro para comida há. Comemos massa com massa e arroz com arroz. Se não fosse o carinho da menina, eu abandonava tudo. Vivemos das ajudas”, lamenta.

Joaquim sofre de uma doença que o impede de trabalhar. Tem um diagnóstico que ainda não foi determinado e que o faz perder os sentidos.

Ao CM, a autarquia de Famalicão diz que o agregado “está sinalizado, é acompanhado, beneficia dos apoios previstos e não apresenta qualquer situação de risco social premente, mas antes problemas sociais estruturais”.

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